Simpere aponta atraso da PCR em enviar PL com ajustes acordados à Câmara Municipal

Após firmar acordo com a PCR sobre demandas da categoria, o Simpere afirma que a gestão tem demorado a enviar o Projeto de Lei para a Câmara Municipal

Clara Nilo

por Clara Nilo

Publicado em 11/06/2025, às 15h07 - Atualizado às 17h00

O grupo afirma se sentir desvalorizado, mesmo com o acordo recém firmado. - Divulgação e VICTÓRIA CÓCOLO (FOLHAPRESS)
O grupo afirma se sentir desvalorizado, mesmo com o acordo recém firmado. - Divulgação e VICTÓRIA CÓCOLO (FOLHAPRESS)

Após o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) encerrar a greve municipal, no fim de maio (22), e conquistar um reajuste de 3% e abono de 3,27%, em parcela única, referente ao período entre janeiro e dezembro de 2025, o grupo tece críticas à Prefeitura do Recife

O Simpere afirma que a PCR está atrasando o envio do Projeto de Lei, referente ao último acordo, à Câmara Municipal. O acordo prevê pagamentos em junho, ou seja, sem o envio do documento, tais pagamentos não podem ser realizados. 

Além desse suposto atraso, a categora também está insatisfeita já que, dos 6,27%, o governo aplicará 3% incorporados à carreira e 3,27% pagos em forma de abono. De acordo com o grupo, o sentimento é de desvalorização.

Confira outros pontos que foram acordados: 

  • Aumento de dois pontos percentuais nos salários de professores com doutorado (indo de 9% para 11%);
  • Aumento do Abono Cultural de R$ 300 para R$ 500, a partir de junho de 2025;
  • Aumento do Abono Educador para R$ 1.518, a partir de outubro de 2025;
  • Aumento da gratificação de localização de tempo integral de R$ 950 para R$ 1.050, a partir de outubro de 2025;
  • Garantia da quinta semana para preparação das aulas e demais atividades fora de sala.

Prefeitura do Recife recorreu à Justiça para acabar com a greve

Quando os professores municipais estavam realizando uma paralisação dos seus serviços como forma de protesto, o Município do Recife requisitou uma antecipação de tutela (que foi concedida) ao Tribunal de Justiça de Pernambuco, com o objetivo de sessar a greve. 

O argumento foi de que teria havido o descumprimento dos requisitos legais para a greve, incluindo a falta de comunicação prévia adequada aos usuários do serviço e a ausência de um plano de contingência suficiente para garantir a continuidade da educação.

Além disso, destacou que a paralisação total compromete a compromete a segurança alimentar de muitos estudantes, que dependem das refeições oferecidas nas escolas e creches.

Apesar da decião judicial, o Simpere afirmou, à época, que não teria recebido nenhuma notificação e a greve continuou até o dia 22 de maio, quando os acordos foram firmados com a Prefeitura do Recife.