Entidade defende permanência da greve e acusa a PCR de desrespeitar os direitos da categoria
por Ana Luiza Melo
Publicado em 14/05/2025, às 13h02 - Atualizado às 13h29
Mesmo após a liminar judicial, divulgada em primeira mão pelo site Jamildo.com, determinando a suspensão da greve, o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (SIMPERE) anunciou, em nota oficial, que a paralisação dos professores municipais continua. A entidade defende que a mobilização permanece legítima e acusa a Prefeitura do Recife de desrespeitar os direitos da categoria ao não conceder o reajuste salarial previsto por lei.
Segundo o SIMPERE, a Prefeitura adotou uma postura de retaliação ao movimento sindical, evitando o diálogo com os docentes da rede municipal. O sindicato afirma que o direito de greve está amparado pela legislação e ressalta que a paralisação ocorre em defesa do reajuste de 6,27% no Piso Salarial do Magistério, conforme determinado por norma federal.
"Não existe ilegalidade na greve. Ilegal é descumprir a lei, não valorizar a educação pública e abandonar quem educa", diz trecho da nota divulgada pelo SIMPERE.
O sindicato reforça que, apesar da liminar judicial, a greve continua e ganha força. As aulas seguem suspensas, sendo mantidos apenas os serviços inadiáveis. O SIMPERE ainda cobra que o prefeito João Campos reabra a mesa de negociação e respeite os professores municipais.
A mobilização, segundo os representantes da categoria, será mantida até que a administração municipal cumpra a lei e valorize os profissionais da educação.
O SIMPERE enfatiza que permanece aberto ao diálogo e à negociação, mas não aceitará medidas que violem o direito de greve. A entidade conclui sua nota reforçando que a luta dos professores do Recife é por respeito à legislação vigente e pela valorização da educação pública.
Confira, abaixo, nota do sindicato na íntegra:
"O SIMPERE repudia com veemência qualquer tentativa da Prefeitura do Recife de barrar o exercício de nosso de greve.
Não pode o prefeito João Campos escolher o caminho da retaliação ao movimento sindical ao invés do diálogo com as professoras e professores da Rede Municipal.
Estamos em greve pelo cumprimento de uma lei federal, que determina o reajuste de 6,27% no Piso Salarial do Magistério.
O movimento é legítimo e democrático, nascido da indignação da categoria frente à intransigência da Prefeitura, que se recusa a aplicar o reajuste na carreira, desrespeitando o nosso trabalho e a própria legislação.
Não existe ilegalidade na greve. Ilegal é descumprir a lei, não valorizar a educação pública e abandonar quem educa!
Seguimos com disposição para o diálogo e abertos à negociação. Mas não aceitaremos qualquer violação ao nosso direito de greve.
A Prefeitura do Recife não pode calar a voz das escolas.
A greve continua e ganha força a cada dia.
As aulas continuam suspensas, só sendo atendidos os serviços inadiáveis.
João Campos reabra a mesa de negociação e respeite as professoras e professores.
A greve continua! Piso é lei! Valorização é direito!
SIMPERE — Forte, plural e de luta
Filiado à CNTE e à CUT"