Nomeação de analistas e assistentes em educação foi feita pela governadora Raquel Lyra nesta terça (05)
por Cynara Maíra
Publicado em 05/08/2025, às 09h23 - Atualizado às 11h33
A governadora Raquel Lyra (PSD) nomeou, nesta terça-feira (5), 197 analistas e assistentes da educação aprovados no concurso realizado em 2022, entre analistas em gestão educacional e assistentes administrativos educacionais.
Os novos nomeados fazem parte do cadastro reserva do certame, que segue sendo convocado, enquanto as nomeações de professores foram encerradas pela atual gestão.
Desde o início do governo Raquel Lyra, 1.025 analistas e 593 assistentes já foram nomeados.
Os novos convocados estão lotados em todas as Gerências Regionais de Educação (GREs), com destaque para a Região Metropolitana do Recife, que concentra 72 nomeações, entre assistentes e analistas de diferentes formações.
Outros municípios que receberam reforço foram Nazaré da Mata (17), Caruaru (14), Garanhuns (13), Vitória de Santo Antão (13), Palmares (12), Afogados da Ingazeira (11) e Petrolina (15). As nomeações contemplam cargos de pedagogia, nutrição, serviço social, direito e gestão geral.
Do total nomeado, 83 são assistentes administrativos educacionais e 114 são analistas, com maior presença nas áreas de pedagogia (57) e nutrição (39).
Até abril deste ano, cerca de 1.700 docentes aprovados ainda não haviam sido convocados. O governo sustenta que o prazo de validade do concurso expirou para essa categoria, e não haverá novas nomeações.
Os profissionais contestam o argumento afirmando que o Governo tem uma ampla maioria de contratos temporários em vigor.
Em 2023, após uma denúncia ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), uma auditoria recomendou a ampliação das convocações com base no número elevado de vínculos precários na rede estadual. Com essa solicitação, o governo nomeou cerca de nove mil professores desde o início da gestão.
A validade do concurso foi prorrogada apenas para os cargos de analista e assistente, o que permitiu que as nomeações continuassem. Já os professores dependem de processos judiciais individuais para conseguirem ser convocados. Em maio, por exemplo, mais de 50 profissionais foram nomeados de forma precária, com base em decisões judiciais liminares.
Mesmo com os questionamentos, o Governo de Pernambuco optou por abrir uma nova seleção simplificada para professores, em vez de realizar um novo concurso público.
A medida tem sido alvo de críticas por parte dos aprovados e entidades sindicais, que veem na decisão um esvaziamento do vínculo permanente e uma aposta na precarização das contratações.
Até o momento, não há previsão oficial de novo concurso para professores. O Palácio do Campo das Princesas argumenta que eventuais contratações estão condicionadas ao orçamento, embora não tenha descartado integralmente a possibilidade de um novo edital no futuro.