Transnordestina recebe aporte de R$ 700 milhões da Sudene

Liberação de R$ 700 milhões para as obras da Ferrovia Transnordestina foi autorizada nesta segunda-feira (22) pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Os recursos são provenientes do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) e destinam-se à continuidade do principal empreendimento de infraestrutura logística em execução na região.

A decisão foi aprovada por unanimidade pela Diretoria Colegiada da autarquia e incluiu, ainda, a autorização para empenho adicional de R$ 115,4 milhões, complementando a parcela contratual de R$ 1 bilhão prevista para a obra. O objetivo é garantir o avanço do cronograma físico da ferrovia, considerada estratégica para a integração logística do Nordeste.

Ao comentar o aporte, o superintendente da Sudene, Francisco Alexandre, afirmou que o investimento reforça o papel da autarquia no projeto. Segundo ele, “a Transnordestina deixou de ser uma promessa de longo prazo para se consolidar como uma realidade operacional”, destacando que o repasse contribui para acelerar a entrega da infraestrutura.

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De acordo com o diretor de Gestão de Fundos e Incentivos Fiscais da Sudene, Heitor Freire, a liberação dos recursos ocorreu após a concessionária Transnordestina Logística S.A. (TLSA) apresentar as comprovações física, financeira e contábil da execução das obras. A documentação foi analisada e atestada pelo agente operador do FDNE, o Banco do Nordeste.

A Sudene figura entre as principais financiadoras da ferrovia por meio do FDNE. Até 2027, a previsão é de que a autarquia invista R$ 7,4 bilhões no projeto. Com o novo repasse, já foram liberados R$ 6,1 bilhões, valor que inclui R$ 800 milhões oriundos do antigo Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor).

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Atualmente, 100% da Transnordestina está com execução contratada. Recentemente, foram assinadas ordens de serviço referentes aos lotes 9, entre Baturité e Aracoiaba, com extensão de 46 quilômetros, e 10, entre Aracoiaba e Caucaia, com 51 quilômetros. Esses trechos são considerados os de maior complexidade técnica e essenciais para a conclusão da Fase 1 da ferrovia.

Embora a finalização integral do empreendimento esteja prevista para 2028, a ferrovia já registra avanços operacionais. Na última semana, um comboio com 20 vagões carregados de milho percorreu 585 quilômetros entre Bela Vista, no Piauí, e Iguatu, no Ceará, em operação de testes. A expectativa é que o comissionamento oficial e o início do transporte regular de cargas ocorram a partir do próximo ano.