Decisão da 21ª Vara do Trabalho anulou assembleia que elegeu a atual diretoria; ex-gestores chegaram com 5 seguranças e ocuparam parte da sede
por Ana Luiza Melo
Publicado em 04/08/2025, às 14h48 - Atualizado às 16h07
Os diretores destituídos do Sindicato dos Auditores Fiscais de Pernambuco (Sindifisco-PE), liderados pelo ex-Presidente Francelino Valença, se "apossaram", de parte das dependências do sindicato, na manha desta segunda-feira (04).
De acordo com o atual presidente, Nilo Otaviano, os ex-diretores chegaram à sede do SINDIFISCO-PE na manhã desta segunda-feira acompanhados de cinco seguranças particulares.
A ação ocorreu após a juíza da 21ª Vara do Trabalho, na noite da última sexta-feira, anular a assembleia que destituiu a antiga diretoria e elegeu a atual gestão.
Segundo Otaviano, todos os advogados consultados pela diretoria atual, eleita na assembleia que destituiu a diretoria anterior, são unânimes no sentido de que a decisão da titular da 21ª Vara não tem aplicabilidade imediata.
Ao site Jamildo,com, o presidente acrescentou que os diretores destituídos tumultuaram e inviabilizaram o trabalho do Sindicato desta segunda-feira, levando a liberar todos os funcionários do expediente do dia.
"Logo mais, às 16h, receberemos um advogado criminalista aqui, para orientar sobre as medidas criminais dessa invasão absurda", declarou Nilo Otaviano, com exclusividade.
No dia 14 de julho, o site Jamildo.com noticiou o apoio de todos os seis ex-secretários da Fazenda oriundos da categoria à nova Diretoria Colegiada (DC), liderada pelo auditor Nilo Otaviano.
O gesto uniu nomes como Luiz Otávio Cavalcanti, Admaldo Matos, José Carlos Lapenda, Maria José Briano, Djalmo Leão e Décio Padilha, conferindo legitimidade à nova gestão e isolando politicamente o grupo do ex-presidente Francelino Valença. Além disso, dos 8 ex-presidentes do SINDIFISCO-PE, apenas um está apoiando o ex-presidente destituído.
Enquanto a nova diretoria se ampara no apoio de ex-comandantes da pasta e do sindicato, a gestão destituída, segundo seus próprios membros, diz ter o "apoio irrestrito" do atual secretário da Fazenda, Wilson de Paula.
Para quem não acompanhou a refrega sindical, a crise começou com a rejeição de um acordo salarial tido como prejudicial a 95% da categoria, expondo as supostas contradições do grupo destituído.
Nunca é demais relembrar, o site Jamildo.com valoriza o contraditório e sempre estará aberto a esclarecimentos adicionais por parte das partes envolvidas ou citadas. A divulgação das informações sobre a refrega não implica tomada de partido.