PSOL participou de ato em frente à Alepe com trabalhadores e movimentos sociais e criticou modelo adotado pelo governo estadual para água e saneamento
por Plantão Jamildo.com
Publicado em 19/12/2025, às 17h35
PSOL participou de ato contra o leilão da Compesa em frente à Alepe
Partido reafirmou oposição à concessão dos serviços de água e saneamento
Dirigente sindical apontou riscos aos trabalhadores e ao controle público
Legenda critica ausência de debate amplo sobre o futuro da companhia
PSOL Pernambuco manifestou posição contrária ao leilão da Compesa durante ato realizado na quinta-feira (18), em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A mobilização reuniu trabalhadores da companhia, movimentos sociais, entidades sindicais e representantes da sociedade civil que criticam o modelo adotado pelo Governo do Estado para os serviços de abastecimento de água e saneamento.
O partido participou do protesto com a presença de dirigentes e parlamentares. Entre eles, o ex-vereador do Recife e pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Ivan Moraes, e a vereadora do Recife Jô Cavalcanti, que também se apresenta como pré-candidata ao Senado.
A legenda reafirmou oposição ao leilão e a qualquer iniciativa que represente a transferência da gestão da Compesa à iniciativa privada, ainda que o processo seja classificado oficialmente como concessão.
Durante a mobilização, a dirigente sindical Kátia Botafogo, vinculada ao Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco (SINDURB-PE), conselheira deliberativa da CompesaPrev e filiada ao PSOL, afirmou que o modelo aprovado traz impactos diretos para trabalhadores e usuários do serviço.

Segundo ela, “o leilão representa um ataque direto aos trabalhadores e à população, com risco de precarização, perda de direitos e enfraquecimento do controle público sobre um serviço essencial”.
Kátia também criticou a condução do processo e apontou ausência de debate público mais amplo sobre o futuro da companhia. De acordo com a dirigente, “a privatização avança mesmo diante de alertas técnicos e políticos sobre desequilíbrios financeiros do modelo, em que os riscos tendem a ser socializados, enquanto os lucros ficam concentrados nas empresas vencedoras”.
Em nota política, o PSOL Pernambuco argumenta que o leilão foi realizado apesar das críticas apresentadas por trabalhadores, especialistas e movimentos sociais. Para o partido, a adoção de um modelo orientado pelo mercado para a gestão da água e do saneamento compromete o caráter público do serviço e pode gerar impactos sociais e ambientais, sobretudo sobre a população de menor renda.