Calendário de fornecimento de água do Cabo e Ipojuca será ajustado pela Compesa devido à crise hídrica nas barragens de Bita e Utinga
por Cynara Maíra
Publicado em 30/12/2024, às 07h00 - Atualizado às 08h41
A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) divulgará, nesta segunda-feira (30), o calendário emergencial de abastecimento de água para as regiões do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca. O evento ocorrerá às 15h30 na sede da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC).
O calendário emergencial previsto para iniciar a partir do dia 03 de janeiro, prevê ajustes no fornecimento para priorizar o atendimento às regiões litorâneas e industriais.
De acordo com a nota apresentada pela Compesa, o período de contingência se estenderá ao longo de janeiro e fevereiro, enquanto se aguarda pelo período de início das chuvas, que poderiam estabilizar os reservatórios.
A medida ocorre por conta da queda acelerada nos níveis de armazenamento das barragens de Bita e Utinga, causada por um período prolongado de estiagem combinado com ondas de calor.
Segundo a Compesa, as altas temperaturas registradas nas últimas semanas elevaram os índices de evaporação dos reservatórios, enquanto o aumento do consumo causado pela alta temporada de turismo no litoral intensificou a pressão sobre o sistema de abastecimento.
A situação levou os níveis de armazenamento das barragens a patamares inferiores aos registrados em anos anteriores.
Apesar da reativação da captação de água no Rio Ipojuca em novembro, a medida não foi suficiente para evitar a queda no volume dos reservatórios.
Caso os volumes de água continuem como estão, o sistema de abastecimento pode sofrer um eventual colapso que prejudicaria não só o Litoral Norte, mas todo estado de Pernambuco.
Com isso, a Compesa tem planos de adotar um plano emergencial para gerenciar os recursos hídricos e garantir o atendimento mínimo à população e às atividades econômicas dos locais.
Segundo informações da Secretaria de Recursos Hídricos e Saneamento (SRHS), Pernambuco é o estado do país com menor índice de recursos hídricos por pessoa, com cerca de 1.270 m³ de água ao ano por habitante.
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