Compesa remove 19 ligações clandestinas no Sertão e três pessoas são presas por furto de água

Compesa recupera vazão de 20 litros por segundo após retirar ligações clandestinas que comprometiam o abastecimento de água em Exu, no Sertão

Plantão Jamildo.com

por Plantão Jamildo.com

Publicado em 20/07/2025, às 09h09 - Atualizado às 10h13

DIVULGAÇÃO/ COMPESA
DIVULGAÇÃO/ COMPESA

Durante uma operação conjunta com as Polícias Civil e Militar, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) identificou e eliminou 19 ligações clandestinas no sistema da Adutora Luiz Gonzaga, em Exu, no Sertão do Araripe. Três pessoas foram presas em flagrante por furto de água. A ação ocorreu ao longo de dois dias e foi motivada por uma queda repentina na vazão do sistema, que levou à interrupção do abastecimento no município.

A cidade, que já enfrenta rodízio no fornecimento de água, foi diretamente impactada pelas ligações irregulares. “A prática dessas irregularidades tem causado sérios prejuízos ao cumprimento do calendário do município”, informou a Compesa em nota enviada ao site Jamildo.com.

A suspeita de desvios surgiu há cerca de dez dias, quando técnicos da companhia identificaram a redução no volume de água, sem que houvesse qualquer falha operacional no sistema. A investigação levou à inspeção de um trecho entre a sede do município e o distrito de Timorante, onde foram detectadas as conexões ilegais.

Vazão aumentou após retirada das ligações

Após a remoção das irregularidades, a Compesa registrou um aumento médio de quase 20 litros por segundo na vazão do sistema. O volume é suficiente para abastecer cerca de dois mil imóveis, beneficiando aproximadamente oito mil pessoas. A operação foi conduzida pelas gerências patrimonial, local e de produção da companhia no Sertão, com apoio das forças policiais.

A empresa também registrou boletim de ocorrência para que os envolvidos sejam investigados formalmente. A prática de ligações clandestinas é considerada crime, prevista nos artigos 155 (furto) e 265 (atentado ao funcionamento de serviço público essencial) do Código Penal, com penas que variam de um a cinco anos de reclusão.

As fiscalizações continuarão sendo realizadas ao longo da adutora. A companhia orienta que casos de irregularidade sejam denunciados de forma anônima por meio dos seus canais oficiais.