Cynara Maíra | Publicado em 27/11/2024, às 08h33
A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas por possível envolvimento na tentativa de golpe de Estado. A maioria dos envolvidos são militares.
Com mais de 800 páginas, o relatório final da PF indica a presença de diversos planos para impedir que o então presidente eleito Lula (PT) assumisse a Presidência da República em 2023. O objetivo era manter Bolsonaro no poder.
O grupo também foi indiciado por abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Dentre os planos, havia a organização de uma estratégia para matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Dentre as provas encontradas pelos agentes da Polícia, há um plano encontrado na mesa de um assessor do ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice de Bolsonaro, general Braga Netto.
A ideia era utilizar uma interpretação do art. 142 da Constituição, sobre a atuação das Forças Armadas no país, para legitimar um golpe de Estado.
O entendimento dos planejadores era de que esse artigo garantiria às Forças Armadas um tipo de poder moderador entre os Três Poderes. O STF já decidiu anteriormente sobre essa interpretação, considerada falsa.
Com objetivo de impedir que Lula assumisse, o texto cita a anulação de atos do STF, interrupção do período de transição e da eleição. O material chega a falar em substituir todo o pessoal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e preparar o país para novas eleições.
Além desse plano, ainda havia:
Tenha todo acesso ao PDF do relatório da Polícia Federal:
Visualize o relatório completo abaixo:
Se o relatório não carregar, clique aqui para visualizá-lo.
Rui Costa busca protagonismo no PT com caravana do PAC pelo Nordeste
Raquel Lyra aumenta orçamento do TJPE em R$ 29 milhões para remuneração de magistrados
Com repercussão negativa, Justiça derruba decreto de Yves sobre cortes na Prefeitura