PEC da Blindagem: contra projeto, manifestantes fazem ato no Recife com presença de políticos da esquerda pernambucana

Cynara Maíra | Publicado em 22/09/2025, às 07h33 - Atualizado às 08h10

Ato no Recife contra PEC da Blindagem levou pessoas ao centro do Recife - Henrique Lima/PT Pernambuco
COMPARTILHE:

Manifestantes, movimentos sociais e políticos da esquerda pernambucana foram às ruas do Recife na tarde deste domingo (21) em um ato contra a PEC da Blindagem e o Projeto de Lei (PL) que propõe anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro.

A passeata começou na Rua da Aurora, em frente ao Ginásio Pernambucano, e seguiu até o Marco Zero, no Bairro do Recife.

A mobilização na capital fez parte de um movimento nacional que ocorreu em mais de 30 cidades no fim de semana. No estado, também ocorreram atos em Garanhuns e Petrolina.

Com caráter político e cultural, o evento teve trios elétricos e atrações como a batucada do bloco carnavalesco "Eu Acho É Pouco"

Presença de políticos da oposição e base aliada em Pernambuco

O evento no Recife contou com a presença de diversas lideranças políticas do estado. Estiveram presentes os senadores Teresa Leitão (PT) e Humberto Costa (PT), e os deputados federais Carlos Veras (PT), Renildo Calheiros (PCdoB), Maria Arraes (Solidariedade) e Túlio Gadêlha (Rede), todos contrários à PEC

Na disputa pelo Senado Federal em 2026, a ex-deputada federal Marília Arraes (Solidariedade) também compareceu ao evento. 

A senadora Teresa Leitão afirmou que a proposta deve ser barrada no Senado. "Essa PEC da blindagem é um absurdo ético, moral e constitucional. Temos que derrubá-la, e, no Senado, vamos derrubá-la", garantiu.

Também participaram do ato as deputadas estaduais Rosa Amorim (PT) e Dani Portela (Psol), o deputado estadual João Paulo (PT), vereadoras do Recife e de Olinda.

O que é a PEC da Blindagem

Aprovada na Câmara dos Deputados na última semana, a proposta altera as regras para investigação e processo criminal contra parlamentares. Para que o Supremo Tribunal Federal (STF) abra uma ação penal contra um deputado ou senador, por exemplo, será necessária uma autorização prévia da respectiva Casa Legislativa.

A proposta agora segue para análise do Senado, onde enfrenta resistência. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Otto Alencar (PSD-BA), classificou a PEC como um "murro na barriga e tapa na cara do eleitor" e afirmou que irá pautá-la para "sepultar de vez esse assunto".

Após a repercussão negativa de alguns votos, como de deputados do PSB e do PT, esses políticos afirmaram que votaram a favor do projeto em uma tentativa de articular um projeto mais limitado, mas que falharam nessas negociações e são contra a iniciativa. Veja como foram os votos: 

Recife protesto

Leia também

Michele Collins lança cartilha sobre atuação das Comunidades Terapêuticas voltadas a dependentes químicos


Sinpol faz articulação em Brasília por direitos para Policiais Civis


João Campos cumpre agenda com Humberto Costa após compromissos com Silvio Costa Filho e Miguel Coelho