Plantão Jamildo.com | Publicado em 08/08/2025, às 20h58
O deputado estadual João Paulo (PT) declarou, mais uma vez, o desejo do palanque duplo do presidente Lula em Pernambuco nas eleições 2026. A declaração foi dada ao site Jamildo.com, durante o lançamento do livro "Pra onde vai a esquerda" no Recife, do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).
"Estamos vivendo um cenário difícil, com avanço da extrema-direita e essa prisão de Bolsonaro assanhou ainda mais a extrema-direita no Brasil", iniciou o parlamentar, que já defendeu a ideia para uma possível candidatura de João Campos (PSB) e da candidata à reeleição, Raquel Lyra (PSD), no PodJá.
"Sem sombra de dúvidas, Lula vai precisar de dois palanques aqui", defendeu João Paulo, que é aliado da governadora Raquel Lyra na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). "Porque o governo do estado e a governadora Raquel lyra têm sido grandes parceiros do presidente Lula", continuou o parlamentar.
O deputado estadual é o principal aliado da ideia no estado. O senador Humberto Costa afirmou no PodJá que Lula não rejeita voto. "Se for um voto, ele vai atrás", mas que para quem é o candidato ao governo é desconfortável, como foi em 2006, quando dividiu o palanque do presidente Lula contra Eduardo Campos (PSB). "A questão de dividir o palanque pode ser algo que venha para somar, mas pode ser algo que subtraia", afirmou.
O deputado Carlos Veras, presidente eleito do PT em Pernambuco, afirmou a este Blog que Lula tem relação republicana com a governadora e que não faz parte da base do presidente, mas vive boa relação com o Palácio do Planalto. Sobre palanque duplo, respondeu: "A aliança que for favorável para eleger Lula e Humberto, vamos estar nela".
O presidente Lula recebeu nesta sexta-feira (8), o presidente do PSD, Gilberto Kassab, que apesar de ter três ministérios no governo Lula, pode não seguir o presidente na reeleição e tem o governador do Paraná, Ratinho Júnior, como pré-candidato ao Executivo Nacional.
Apesar disso, Kassab declarou que acredita no quarto mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso as eleições fosse hoje. "Ele ganharia. Almoçamos e ele parecia bem animado com a reeleição", disse Kassab ao O Globo, após o encontro com o petista.
Kassab, que ocupa o cargo de secretário no governo Tarcísio de Freitas, em São Paulo, reviu a posição que havia manifestado em janeiro deste ano. Na ocasião, afirmou que Lula seria um candidato competitivo à reeleição, mas avaliou que não venceria a disputa de 2026. “Eles perderiam”, declarou à época.
A sinalização mais recente pode aproximar o PSD do entorno político do presidente. Caso a sigla se una ao Partido dos Trabalhadores, a configuração de um palanque duplo de Lula com PSB e PSD em Pernambuco ganharia força e teria grandes chances de se concretizar.
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