Projeto de R$ 1,5 bi do Governo volta a tramitar na Alepe após meses parado

Após meses de impasse, relator Waldemar Borges deve entregar parecer na próxima semana, permitindo avanço do projeto para votação na Alepe

Ana Luiza Melo

por Ana Luiza Melo

Publicado em 05/08/2025, às 21h28 - Atualizado às 21h38

Waldemar Borges é o relator do Projeto de Lei (PL) nº 2692/2025, que dispõe sobre autorização para empréstimo de R$ 1,5bi do Governo Estadual. - Alepe/Divulgação
Waldemar Borges é o relator do Projeto de Lei (PL) nº 2692/2025, que dispõe sobre autorização para empréstimo de R$ 1,5bi do Governo Estadual. - Alepe/Divulgação

O relator do projeto que autoriza o Governo de Pernambuco a contratar um empréstimo de R$ 1,5 bilhão, deputado Waldemar Borges (PSB), anunciou nesta terça-feira (5) que deve apresentar seu parecer na reunião da CCLJ da próxima semana.

A sinalização ocorre após meses de paralisação na tramitação da proposta, que foi retirada da pauta da Comissão de Justiça e colocada em compasso de espera.

O Projeto de Lei nº 2692/2025 chegou à Alepe em março, sob regime de urgência, mas enfrentou resistência de parlamentares que cobravam mais informações do Executivo sobre a capacidade de endividamento do Estado.

A proposta prevê a contratação de crédito com garantia da União, dentro do Programa de Desenvolvimento Multissetorial, para financiar obras e ações nas áreas de infraestrutura, saúde, educação, segurança e gestão pública.

A retomada da análise é considerada um passo importante para destravar o projeto, que desde junho não avançava. Com o parecer em mãos, o texto poderá ser votado nas comissões e seguir para o plenário da Assembleia.

Entenda o histórico do impasse

Durante a última reunião da Comissão de Justiça antes do recesso, o deputado Waldemar Borges criticou a urgência solicitada pelo Executivo, alegando que o Estado ainda não havia utilizado parte dos créditos já autorizados em operações anteriores.

Não vejo consistência no discurso da urgência para um governo que está prestes a perder R$ 1,1 bilhão por incapacidade de captar esse recurso autorizado há dois anos”, afirmou na ocasião.

Na mesma reunião, a deputada Débora Almeida (PSDB), da base governista, defendeu que o projeto pudesse avançar. Segundo ela, caberia à Comissão analisar apenas a legalidade e constitucionalidade do texto, deixando a discussão de mérito para o plenário.

Os 49 deputados desta Casa têm o direito de se posicionar. Essa matéria pode ser pautada”, disse.

O deputado Alberto Feitosa (PL) apoiou a cautela do relator e reforçou a importância de se aguardar a conclusão do parecer técnico.