Cynara Maíra | Publicado em 19/10/2024, às 09h48
O inquérito que investigava uma possível participação da deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE) no 8 de janeiro foi arquivado na sexta-feira (18) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A decisão de Moraes segue a recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não observou a presença de crimes nas ações da deputada. O ministro relatou que existe possibilidade de abrir uma nova investigação, caso novos elementos surjam na temática.
A investigação contra Clarissa avaliava a possibilidade de que a deputada federal teria incitado nas redes sociais os ataques na Esplanada dos Ministérios no dia 8 de janeiro de 2023.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu novamente o arquivamento da investigação sobre a deputada. Foi o próprio procurador que reapresentou o inquérito em setembro pela necessidade de medidas complementares.
Nesse momento, Gonet pediu mais detalhes para Polícia Federal (PF), ao questionar se Clarissa estava em Brasília no dia dos ataques e pedindo acesso ao histórico de voos da parlamentar.
As informações apontadas pela própria deputada e confirmadas pela Polícia mostram que ela estava com a família em um resort em Muro Alto, na cidade de Ipojuca (PE), de férias.
A investigação foi motivada por uma publicação de Clarissa, postada no dia 8 de janeiro. A política postou o vídeo de uma manifestante que falava que o grupo tinha tomado o poder e que a ação iria ficar para história.
Em depoimento para polícia, a deputada afirmou que postou o vídeo que recebeu em um grupo do Whatsapp para informar os seus seguidores. O relatório final da PF afirmava que a parlamentar teria cometido "crime de opinião" e que caberia para PGR enquadrar a ação em algum tipo penal.
Em maio de 2023, o subprocurador-geral Carlos Frederico Santos tinha arquivado a ação. Apenas com o pedido de Gonet para que a ação retonasse à PF que a ação retornou aos holofotes.
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