Plantão Jamildo.com | Publicado em 02/11/2025, às 10h20
Presídio da Papuda já tem um espaço reservado para Jair Bolsonaro (PL), enquanto a Primeira Turma do Superior Tribunal Federal (STF) avalia os recursos do ex-presidente e de outros seis réus do chamado "núcleo crucual" da trama golpista.
A sessão será em plenário virtual, ou seja, os magistrados incluirão os votos eletronicamente. Ao encerrar essa etapa, o colegiado pode determinar o início do cumprimente de pena aos condenados.
No local, há um espaço reservado para ele no mesmo bloco que já abrigou deputados, doleiros e empresários, além de uma sala especial equipada para cumprir pena com estrutura similar à concedida ao presidente Lula durante a Operação Lava-Jato.
Bolsonaro começou a organizar os próximos passos diante da contagem regressiva para o início do cumprimento da pena, segundo o portal Metrópoles. Fontes próximas afirmaram ao veículo jornalístico que o ex-presidente pretende tentar reverter a prisão para domiciliar assim que o cumprimento da pena seja determinado.
Entre os argumentos possíveis para essa mudança está o estado de saúde de Bolsonaro, que já passou por pelo menos três internações e procedimentos cirúrgicos neste ano. Aliados também destacam crises de soluços que vêm se intensificando.
Após um agravamento nas crises de soluço nos últimos dias, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou o ex-presidente a receber atendimento médico em casa. Moraes afirmou que, a partir de agora, a médica Marina Grazziotin Pasolini, indicada pela defesa, poderá realizar o atendimento ao ex-presidente, sem necessidade de autorização prévia do STF.
O ministro também ressaltou que Bolsonaro está autorizado a ser encaminhado para atendimento de urgência no hospital, devendo enviar a comprovação de atendimento no prazo de 24 horas.
Em setembro, Bolsonaro apresentou mal-estar, pré-síncope, vômitos com queda da pressão arterial e precisou ser internado Hospital DF Star, em Brasília.
Por 4 votos a 1, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
Os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Alexandre de Moraes, relator do caso, votaram pela condenação. O ministro Luiz Fux divergiu e defendeu a absolvição. Esta é a primeira vez que um ex-presidente da República é condenado por tentativa de golpe de Estado na história do país.
Segundo a denúncia, assinada pelo subprocurador Paulo Gonet, Bolsonaro teria liderado, entre 2021 e 2023, um grupo que discutia medidas para anular o resultado eleitoral. O órgão aponta reuniões com militares, transmissões ao vivo contra o sistema eletrônico de votação e a edição de documentos que dariam respaldo jurídico a uma ruptura institucional.
A PGR também sustenta que o ex-presidente tinha conhecimento e concordância com o plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que previa atentados contra Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Além disso, a acusação cita suposto uso irregular de informações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o pleito de 2022.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) fixou a pena do ex-presidente Jair Bolsonaro em 27 anos e 3 meses. A condenação inclui 24 anos e 9 meses de reclusão e 2 anos e 6 meses de detenção, além de 124 dias-multa, calculados no valor de um salário mínimo cada. O regime inicial será o fechado.
Bolsonaro foi condenado por cinco crimes: liderança de organização criminosa, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
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