Plantão Jamildo.com | Publicado em 17/12/2025, às 17h15
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou nesta quarta-feira (17) a última reunião ministerial de 2025, na Granja do Torto, e defendeu o diálogo como instrumento central da relação do governo com o Congresso e com outros países. Ao tratar de negociações políticas, o presidente afirmou que a capacidade de conversar é determinante para a obtenção de resultados.
Durante a reunião, Lula citou conversas recentes com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para exemplificar a importância do entendimento entre governos. Segundo o presidente, a diplomacia deve prevalecer sobre o confronto. “Eu falei pro Trump: ‘fica mais barato conversar e menos sofrível conversar do que guerra. Se a gente acreditar no poder do argumento, da palavra, a gente evita muita confusão na vida dos países’”, relatou.
Ao comentar o cenário internacional, Lula disse estar atento às tensões na América Latina e afirmou ter se colocado à disposição para contribuir com o diálogo envolvendo a Venezuela, caso haja interesse das partes. “O poder da palavra pode valer mais do que o poder da arma. Custa menos e demora menos se a gente tiver disposição. Agora, é preciso ter vontade de conversar e paciência”, afirmou.
O encontro marcou o encerramento da agenda ministerial do ano e incluiu uma avaliação dos três anos de governo, além da definição de prioridades para 2026. Com a aproximação do ano eleitoral, Lula reconheceu que mudanças na composição ministerial devem ocorrer, diante da intenção de auxiliares disputarem cargos eletivos.
Ao abordar o cenário político, o presidente comentou pesquisas de opinião e classificou 2026 como decisivo. “Nós conseguimos terminar o ano em uma situação amplamente favorável, embora isso não apareça com a força que deveria nas pesquisas. Existe uma polarização que dificulta mudanças de posição”, disse.
Para Lula, o próximo ano permitirá que o eleitorado compare períodos e escolha os rumos do país. “O ano eleitoral vai ser o ano da verdade, para mostrar o que aconteceu antes e o que acontece quando chegamos ao governo”, acrescentou.
Presente à reunião, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) informou que Lula assinou uma medida provisória para reduzir os juros do financiamento de caminhões, atendendo a uma demanda do setor produtivo. Segundo ele, as taxas praticadas estavam em patamar elevado.
“O financiamento de máquinas e equipamentos estava em 22%. A medida provisória vai reduzir esses juros e deve retomar a indústria de caminhões e setores mais pesados”, afirmou. Alckmin também destacou a proximidade da conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia, apontando a ampliação de mercados para produtos brasileiros.
Ministros pernambucanos que participaram da reunião destacaram o tom de cobrança e orientação do presidente ao avaliar o encerramento da agenda ministerial de 2025. O titular da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou que os encontros com Lula funcionam como espaço de estímulo e alinhamento da equipe. Segundo ele, o presidente “anima, incentiva e cobra os ministros” e reforça o compromisso do governo com a população, em especial com os segmentos mais vulneráveis.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou que esteve no Palácio do Planalto em reunião convocada por Lula para discutir o aprofundamento de medidas de combate ao feminicídio. De acordo com ela, o tema foi tratado como prioridade pelo governo federal. “É uma questão de toda a sociedade, homens e mulheres, que demanda ação coordenada e contínua”, afirmou, ao relatar a orientação do presidente.
Já o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, avaliou que o governo encerra 2025 com resultados concretos em diferentes áreas. Ele citou crescimento econômico, retomada de investimentos, avanços em infraestrutura, geração de empregos e ampliação de políticas públicas. Para o ministro, o fechamento do ano ocorre com planejamento definido e foco na continuidade das ações em 2026.
Pernambuco conta ainda com André de Paula, ministro da Pesca; José Múcio Monteiro, da Defesa; e Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União.
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