Em Belém para a COP30, Luciana Santos recebe presidente da França e defende ciência como instrumento contra crise climática

Luciana Santos e Emmanuel Macron se reuniram na Caravana Iaraçu, projeto Brasil-França sobre a Amazônia, antes do início da COP30 em Belém

Plantão Jamildo.com

por Plantão Jamildo.com

Publicado em 07/11/2025, às 15h37

Imagem Em Belém para a COP30, Luciana Santos recebe presidente da França e defende ciência como instrumento contra crise climática

Luciana Santos recebeu Emmanuel Macron na Caravana Iaraçu, em Belém.

Encontro integrou ações preparatórias da COP30, que ocorre em novembro.

Projeto é resultado de cooperação científica Brasil-França sobre a Amazônia.

CNPq lançou edital de R$ 2,8 milhões para pesquisas conjuntas na região.

Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos (PcdoB) participou, naquinta-feira (6), de encontro com o presidente da França, Emmanuel Macron, a bordo da Caravana Iaraçu, embarcação fruto de cooperação científica entre os dois países voltada à Amazônia. O evento ocorreu em Belém (PA), cidade-sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada de 10 a 21 de novembro.

Durante a visita, Luciana Santos destacou o papel da ciência na agenda ambiental. “A ciência é o instrumento mais poderoso que temos para compreender, preservar e regenerar o planeta. No Brasil, ela orienta nossas políticas públicas para enfrentar as mudanças climáticas, proteger a biodiversidade e desenvolver uma economia de baixo carbono”, afirmou.

A ministra classificou a iniciativa como um exemplo de diplomacia ambiental. Segundo ela, “a Caravana Iaraçu é um símbolo de cooperação científica e de diplomacia ambiental. Ela une Brasil, França e países africanos em torno da ciência como ponte entre povos e biomas tropicais”.

O projeto é resultado de uma parceria entre a Universidade Federal do Pará (UFPA) e mais de dez instituições, entre elas o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Embaixada da França no Brasil, o Centro Franco-Brasileiro da Biodiversidade Amazônica e o Institut de Recherche pour le Développement (IRD/França).

A Iaraçu deixou Manaus (AM) em 28 de outubro com destino a Belém, percorrendo o Rio Amazonas e fazendo paradas em cidades e comunidades ribeirinhas. A jornada mobilizou pesquisadores, universidades e organizações sociais com o objetivo de incluir as vozes dos territórios amazônicos nos debates internacionais sobre o clima que ocorrerão durante a COP30.

Durante a passagem por Santarém, o CNPq, em parceria com a Capes e o IRD, lançou uma chamada pública voltada a grupos de pesquisa brasileiros e franceses. O edital prevê investimento superior a R$ 2,8 milhões e abrange cinco eixos temáticos:

  • compreensão, monitoramento e conservação da biodiversidade amazônica;
  • contribuições dos povos indígenas e comunidades locais para a biodiversidade;
  • cobertura florestal, observação da Terra e mudanças ambientais regionais;
  • biodiversidade, saúde humana e alimentação, sob a abordagem One Health;


bioeconomia e sistemas alimentares sustentáveis voltados ao bem viver.