Cynara Maíra | Publicado em 11/10/2024, às 11h03
Após ser eleito para Câmara Municipal do Recife com mais de 16 mil votos, Gilson Machado Filho (PL) decide expor suas críticas e contestações sobre parte do Partido Liberal em Pernambuco.
Em um artigo divulgado para imprensa, o vereador eleito centra suas reclamações para o presidente do partido no estado, o ex-prefeito Anderson Ferreira (PL).
Dentre as alegações de Gilsinho, estão a de que, Anderson Ferreira tem se vangloriado dos resultados positivos do partido em Pernambuco, mas que "vende uma ilusão para o Presidente Nacional do PL [Valdemar Costa Neto] e seus eleitores".
Segundo o político, não há fortalecimento da legenda se o partido só lançou seis candidaturas à Prefeitura e que a legenda tem pouca presença no estado.
"Que força é essa? Em Caruaru, Olinda, Petrolina, Carpina e Camaragibe ficou em terceiro e em Paulista acabou em quarto lugar", afirmou Gilson, que ainda cita que as vitórias de Mano Medeiros (PL) e Mary Gouveia (PL) foram méritos e esforços dos próprios candidatos.
O filho de Gilson Machado Neto diz que "ficou clara" a intenção de Mano Medeiros de se afastar da imagem de Anderson, o então prefeito no qual Mano era vice.
As principais reclamações de Gilsinho são sobre o Recife, no qual relata que "Anderson Ferreira fez absolutamente de tudo para atrapalhar a campanha do candidato Gilson Machado".
Dentre as acusações, em seu texto, o vereador eleito reclama que Anderson não repassou o valor combinado do Fundo Eleitoral para campanha de Gilson e dos vereadores na cidade.
Essa briga pela divisão do Fundo Partidário gerou uma série de polêmicas. O candidato Paulo Abou Hana (PL), inclusive, chegou a fazer diversas críticas a Anderson Ferreira pela distribuição desigual entre os candidatos. O site acompanhou toda situação e trouxe a cobertura completa sobre a briga no PL.
Segundo Gilsinho, esses problemas no repasse e intrigas fez com que a legenda perdesse a oportunidade de ter expandido o número de parlamentares na Câmara.
Para alfinetar a situação com Fred Ferreira (PL), o vereador eleito cita que Anderson privilegiou seu cunhado ao conceder mais de um milhão apenas para candidatura de um único nome.
Gilson Machado Filho chega a culpar Anderson pela vitória de João Campos (PSB) em primeiro turno, ao dizer que, caso o Partido Liberal tivesse permanecido unido, "iriamos certamente ao segundo turno".
O político aproveitou para relembrar que "sem receber um tostão do fundo partidário e sendo boicotado nas inserções de TV", conseguiu ser o vereador mais votado do PL e o segundo com maior número na cidade.
A justificativa que o vereador eleito traz para esse suposto "boicote' é o que acredita ser a incapacidade de Anderson Ferreira aceitar o crescimento político de Gilson Machado e que o presidente estadual da legenda "não admite dividir o poder com ninguém que não baixe a cabeça e faça continência a ele e aos Ferreira".
O filho de Gilson termina o artigo a dizer que "política se faz somando, mas a conta de Anderson é subtração: só pra ele, não para o PL".
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