'Made in Recife': Gilson Machado Filho planeja ser o vereador de Donald Trump

Gilson Machado Filho, filho do ex-ministro Gilson Machado, planeja ser o vereador de Donald Trump e garantir a representação internacional do Recife

Yan Lucca

por Yan Lucca

Publicado em 10/10/2024, às 16h30

Gilson pai e Gilson Filho afirmam ter uma relação pessoal com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump - Foto: Reprodução / Redes Socias
Gilson pai e Gilson Filho afirmam ter uma relação pessoal com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump - Foto: Reprodução / Redes Socias

O recém-eleito vereador do Recife, Gilson Machado Filho, ainda nem tomou posse na Câmara Municipal e já começa a fazer as articulações para garantir a representação do Recife internacionalmente.

Após o pai afirmar em entrevista à Rádio Folha que se eventualmente fosse eleito prefeito do Recife buscaria apoio internacional com o ex-presidente americano e bilionário Donald Trump, com quem, segundo o próprio, tem uma relação pessoal, chegou a hora do seu filho Gilson Filho, “fazer a frente” na “gringa” enquanto vereador eleito da cidade do Recife.

Mesmo sem ser eleito prefeito do Recife, Gilson Guimarães consolidou-se como a segunda maior força política do Recife e uma das maiores vozes da direita pernambucana.

Com a maior votação do PL em Pernambuco e o segundo mais votado da capital com 16.095 votos, Gilson Filho já ambiciona a crescer no contexto político global e a ter o nome endossado pelo pai como uma das potenciais lideranças do PL jovem de Pernambuco.

Durante a corrida eleitoral, Gilson Machado chegou a afirmar que seu filho seria o “Nikolas de Recife”, referenciando o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), um dos quadros do partido.

Segundo nota enviada à imprensa, Gilson pai e Gilson Filho foram convidados por Donald Trump para acompanhar o resultado das eleições americanas, que ocorrem no dia 5 de novembro bem como a posse do Republicano, que disputa contra Kamala Harris, atual vice-presidente dos EUA.

Mesmo ainda sem ser eleito, Gilson Filho já começou um trabalho de diálogo com a população recifense. O bolsonarista fez, nos últimos dias, caminhadas e visitas surpresas em diversos bairros para agradecer aos seus eleitores.

Na quarta-feira (9), Gilson percorreu as comunidades do Chié, Ilha do Joaneiro e Alto José do Pinho. Nesta quinta-feira (10), ele estará nos bairros Bomba do Hemetério e Fundão.

Altos e baixos no PL e direita dividida

Gilson Filho foi um dos candidatos que não recebeu o fundo eleitoral do PL. Conforme a cobertura do Jamildo.com ao longo da corrida eleitoral, com exclusividade, o site acompanhou uma verdadeira guerra interna envolvendo a suposta distribuição desigual dos fundos para financiamento de campanha.

Segundo uma resolução interna do PL, os presidentes dos diretórios têm poder discricionário para decidir quanto será destinado a cada candidato, seguindo critérios definidos pelas lideranças do partido.

De acordo com fontes ligadas ao alto escalão do PL, Gilson Machado sofreu um suposto boicote da sua candidatura à Prefeitura do Recife, sendo privado de receber mais de 4 milhões para sua campanha de prefeito. “Dinheiro não foi feito para ser queimado”, comentou o presidente do PL nacional, Valdemar Costa Neto, ao Globo, quando questionado sobre a candidatura de Gilson Machado no Recife.

@blogdojamildo ESTA FAMÍLIA É MUITO UNIDA E TAMBÉM MUITO OURIÇADA | É treta generalizada no PL-PE! Agora, tem até candidato a vereador chamando o outro de "melancia". 📲 Leia na Íntegra em Jamildo.com (link na bio) Jornalismo sério, informação precisa. #jamildomelo #notícia #blogdojamildo ♬ som original - Jamildo.com

Outro ponto levantado pelo fogo amigo é que Gilson Machado não planejava lançar o filho candidato. Com a entrada do primogênito na disputa pela Câmara Municipal, Machado terminou por supostamente privilegiar a campanha do filho em razão de outros nomes que estariam na disputa até pela reeleição, o que causou uma ciumeira.

O PL elegeu 4 nomes para Câmara do Recife. Entre os eleitos, o vereador de mandato e reeleito, Fred Ferreira, que recebeu 1,1 milhão do Fundo Eleitoral e não apoiou o nome de Gilson Machado para Prefeitura do Recife, tornando públicos novos capítulos da treta no Recife. 

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