Mirella rasga o verbo contra Vini Castello e aposta na ligação do petista com Renildo
Pelas redes sociais, a candidata pelo PSD/PSDB em Olinda, Mirella Almeida, aponta uma eventual gestão de Vinícios Castello como extensão da gestão Renildo
por Yan Lucca
Publicado em 09/10/2024, às 16h37
A corrida eleitoral na cidade histórica de Olinda começa a ganhar novos contornos nesta primeira semana. Vendo parte dos seus adversários migrarem para o palanque do petista Vinicius Castello (PT), a campanha de Mirella Almeida, candidata da gestão Lupércio, aposta na associação do petista com a gestão Renildo Calheiros, marcada por uma alta rejeição na cidade.
Através das redes sociais, Mirella não poupa críticas a Vinicius Castello, chegando a chamá-lo de um "passado ruim" associando o petista a Renildo Calheiros, ex-prefeito da cidade e atual deputado federal pelo PC do B, partido federado com o PT.
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A aposta da campanha via redes sociais é apresentar aos eleitores indecisos ou que votaram em outros nomes no primeiro turno um comparativo, um tipo de "antes e depois com Lupércio", visando engajar entre esse eleitorado.
“Chegamos na reta final. De um lado, vemos um aliado de Renildo. Esse mesmo Renildo que acabou Olinda. Uma aventura, incerteza quanto ao futuro, inexperiência e falta de compromisso. Vinícius é o passado ruim”, afirma em uma publicação.
Entre seus seguidores, a associação surtiu efeito e gerou comentários endossando a candidatura de Mirella. "Olinda não quer o passado de um turista que morava em Maceió. De uma prefeitura onde o povo nunca teve acesso. De uma cidade onde quem mandava eram os conchavos políticos", escreveu Daniel Oliveira, seguidor e apoiador de Mirella Almeida.
Mirella, ex-secretária da gestão Lupércio e atual candidata das siglas PSD/PSDB, conta com o apoio estratégico da governadora Raquel Lyra, que ambiciona a vitória da coligada para cercar a Região Metropolitana do Recife com o máximo de aliados políticos possíveis, em uma suposta jogada contra João Campos em 2026.
No total, Raquel saiu desta eleição com 30 prefeituras para o seu partido e um saldo de 83 prefeituras aliadas. Confira o gráfico das Zonas de Poder:
Vinicius Castello em Brasília buscando apoio de Lula
Do outro lado, a campanha de Vinícius busca colar a imagem do candidato ao do presidente Lula, que conta com boa aceitação entre o eleitorado olindense, conforme algumas pesquisas eleitorais.
O encontro com o cacique nacional acontece durante esta semana e tem o objetivo de gravar vídeos e fotos de apoio de Lula ao Vinicius Castello.
@blogdojamildo Em Brasília, Vini Castello está em busca dos caciques nacionais neste segundo turno. Dois ex-candidatos já declararam apoio ao petista. 📲 Leia na Íntegra em Jamildo.com (link na bio) Jornalismo sério, informação precisa. #jamildomelo #notícia #blogdojamildo
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Outro desafio a ser superado por Vinicius é desassociar a imagem bolsonarista do seu vice, Celso Muniz Filho, recém filiado ao PCdoB e convidado por Renildo a integrar a chapa da Frente Popular de Olinda.
Muniz, até pouco antes de ser anunciado vice na chapa, era bolsonarista e inclusive apoiou Anderson Ferreira na disputa pelo estado. Em suas redes sociais, até o início do ano, constavam postagens de Muniz contra a vacinação, a favor do voto impresso e pró armamento.
Para onde vai os votos de Urquiza?
Uma dúvida levantada nos bastidores é quanto aos votos da bolsonarista Izabel Urquiza. Até o momento, a ex-candidata, que saiu em terceiro lugar com 51.526 votos (24,83%), não se posicionou quanto ao seu apoio no segundo turno.
De partidos completamente antagonistas, espera-se que Izabel do PL não declare apoio ao PT, bem como não faça campanha para Mirella, que integra uma gestão amplamente criticada pela liberal.
Mas, na política, a previsibilidade não existe, bem como a casualidade. A conferir.
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