Cynara Maíra | Publicado em 13/11/2025, às 07h57 - Atualizado às 08h49
A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) decide na próxima terça-feira (18) o futuro do novo empréstimo de R$ 1,7 bilhão para o Governo do Estado.
O presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB), anunciou a votação na quarta (12) e aproveitou para criticar a gestão Raquel Lyra (PSD) ao questionar a capacidade do governo em executar as obras em ano pré-eleitoral.
Porto levantou dúvidas sobre o ritmo de entregas do Executivo. Segundo o deputado, a Alepe já aprovou mais de R$ 11 bilhões em crédito, mas o governo contratou cerca de R$ 3,8 bilhões e executou apenas R$ 2,2 bilhões até o momento.
"Se até agora não utilizou nada, como é que vai usar para o ano? Dá tempo de fazer mais o quê?", disparou Porto. O presidente da Alepe citou como exemplo negativo as creches estaduais, afirmando que a gestão "não entregou nenhuma" e que ele acredita que "não vai entregar" este ano.
A líder do governo, Socorro Pimentel (União Brasil), reagiu às falas de Álvaro Porto. Para a deputada, duvidar do tempo para execução é "desconhecer o ritmo e a seriedade deste governo".
Socorro classificou a postura do presidente da Alepe como a "política do quanto pior, melhor" e garantiu que Pernambuco verá "entregas robustas" em 2026.
O Executivo planeja usar o crédito para financiar programas estratégicos do Plano Plurianual, como o "PE na Estrada", de requalificação viária, e o "Águas de Pernambuco", focado em infraestrutura hídrica.
A proposta que chega ao plenário difere do texto original do Palácio. A deputada Débora Almeida (PSDB) apresentou um substitutivo que obriga o Estado a repassar 50% dos recursos aos municípios.
A base governista articulou essa manobra para garantir a aprovação da matéria nas comissões temáticas, que a oposição controla. No entanto, a estratégia do governo para a próxima terça-feira envolve derrubar esse substitutivo no plenário e aprovar o projeto original, garantindo o valor integral para o cofre estadual.
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