Raquel Lyra explica reabertura de edital do Concurso Unificado e indica provas ainda para 2025

Cynara Maíra | Publicado em 30/10/2025, às 07h49 - Atualizado às 08h10

Raquel Lyra comentou sobre concurso unificado em seu primeiro dia após retorno - Yacy Ribeiro/SECOM
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A governadora Raquel Lyra (PSD) afirmou, na quarta-feira (29), que o edital do Concurso Público Unificado (CPU) não será republicado.

Segundo a gestora, o governo dará "continuidade ao edital já aberto", apenas reabrindo o prazo de inscrições para incluir a nova lei de cotas étnico-raciais de 30%. A governadora também garantiu que as provas do certame serão realizadas "ainda durante este ano".

A fala da governadora ocorre no dia que foi sancionado pelo então governador em exercício, Ricardo Paes Barreto, a Lei nº 19.050, que instituiu a reserva de vagas no estado. A sanção era a etapa que faltava para destravar o concurso, suspenso em 10 de outubro por não prever a medida.

A declaração de Raquel Lyra esclarece como o processo será retomado, já que a secretária de Administração, Ana Maraíza, havia afirmado anteriormente que um "novo edital" seria publicado "em breve". A governadora confirmou que o certame original será mantido.

Na coletiva, a governadora disse que o edital foi lançado sem a regra por falta de legislação específica. "A gente lançou do jeito que tava, porque Pernambuco não tinha uma lei específica e ouvimos a população e suspendemos as inscrições", disse Raquel Lyra.

A Polêmica do Concurso Unificado

O edital do CPU, com 463 vagas em nove órgãos estaduais, foi publicado em 9 de outubro. No dia seguinte, o governo suspendeu as inscrições após  críticas de entidades e movimentos sociais.

Os grupos entenderam que a ausência de cotas seria uma violação ao Estatuto da Igualdade Racial de Pernambuco, sancionado pela própria Raquel Lyra em 2023.

Para resolver o impasse, o governo enviou um projeto à Alepe. Para acelerar a tramitação, os deputados aprovaram, em 15 de outubro, um substitutivo que uniu projetos de 2023 de autoria de Dani Portela (PSOL), João Paulo Costa (PCdoB) e Rosa Amorim (PT), ajustando os percentuais aos 30% propostos pelo governo.

O que acontece com o concurso unificado de Pernambuco

Com a lei sancionada, as cotas serão divididas em 25% para pretos e pardos, 3% para indígenas e 2% para quilombolas.

Raquel Lyra garantiu que as mais de 10 mil inscrições já realizadas antes da suspensão "estão preservadas". A Secretaria de Administração (SAD) irá reabrir o prazo para novas inscrições, e as datas atualizadas, assim como o dia exato das provas (previstas para 2025), serão divulgadas em breve pela pasta.

Raquel Lyra concurso

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