Plantão Jamildo.com | Publicado em 08/07/2025, às 10h32
O deputado estadual Waldemar Borges (PSB) voltou a cobrar explicações do Governo de Pernambuco sobre a aplicação dos recursos oriundos de empréstimos já autorizados pela Assembleia Legislativa desde 2023. Segundo o parlamentar, foi publicado no Diário Oficial do Estado do último sábado (5) o extrato do quarto termo aditivo ao contrato firmado entre o Estado e a Caixa Econômica Federal, com um novo pedido de prorrogação do prazo para utilização do saldo de R$ 1,1 bilhão.
“Como havíamos previsto, caiu por terra a narrativa que alguns tentavam construir de que a Assembleia estaria prejudicando a execução de obras importantes para o Estado ao não aprovar com urgência os últimos empréstimos encaminhados pelo Poder Executivo”, declarou o deputado.
Waldemar Borges afirmou que o valor do empréstimo já poderia estar sendo aplicado em obras como o Arco Metropolitano e a duplicação da BR-232. Para ele, o novo aditivo reforça um problema de execução da gestão estadual. “A governadora atesta mais uma vez, através desse quarto termo aditivo, a incapacidade de sua gestão para conseguir gastar recursos autorizados há dois anos, que já poderiam ter viabilizado essas obras no prazo previsto inicialmente no contrato”, criticou.
O parlamentar também questionou a ausência de informações detalhadas sobre o novo prazo solicitado e afirmou ter formalizado pedido de acesso à íntegra do documento. “Como não está explícito no extrato que foi publicado quanto tempo a mais o governo está pedindo, eu já solicitei por ofício a íntegra desse termo aditivo para descobrir quanto tempo o governo ainda vai precisar para utilizar esse recurso”, disse.
O parlamentar ainda fez uma cobrança direta à governadora Raquel Lyra (PSD). “Quanto tempo, governadora? Quanto tempo a mais a senhora vai precisar para aplicar esse recurso? Pernambuco tem o direito de pelo menos receber essa informação. E quer receber logo, porque Pernambuco tem pressa.”
Dois projetos de lei que liberam créditos que somam R$ 3,2 bilhões estão travados na Alepe. O primeiro pedido foi feito em março pela governadora em exercício, a vice-governadora Priscila Krause (PSD). O segundo, diretamente por Raquel Lyra, no início de junho.
A governadora vem cobrando publicamente a Alepe pela liberação do crédito durante seus compromissos. A última foi na posse de Daniel Coelho e André Teixeira Filho como secretários. Na ocasião, ela defendeu a liberação para construção de hospitais, aplicação em políticas habitacionais, estradas e água.
Os projetos, no entanto, andam de lado nas Comissões, dominadas pela oposição. A primeira solicitação de R$ 1,5 bi foi aprovada na CCLJ, mas teve alteração na Comissão de Finanças, presidida pelo deputado Antônio Coelho (União Brasil), que sugeriu o repasse de metade do valor, cerca de R$ 750 milhões, para as prefeituras. O projeto de lei retornou para a CCLJ, presidida pelo deputado Coronel Alberto Feitosa (PL), que já declarou diversas vezes não ter pressa para pautar textos do governo.
O deputado cobra a liberação de emendas atrasadas de 2024 por parte do Executivo.
Sem cadeira na Alepe, PSD começa a formar base para eleições de 2026 em Pernambuco
Investindo em Noronha, Raquel vai reformar até cemitério da ilha
Raquel Lyra cobra Alepe por empréstimos durante posse de novos secretários