SENAI-PE participará do monitoramento das eleições em áreas de facção em conflito na Paraíba

Convite para o monitoramento aéreo das eleições foi feito por parte do Comando Militar do Nordeste. Local na Paraíba tem facções criminosas em conflito

Cynara Maíra

por Cynara Maíra

Publicado em 04/10/2024, às 10h54

Drones do Senai serão usados em cidade da Paraíba durante as eleições - Divulgação
Drones do Senai serão usados em cidade da Paraíba durante as eleições - Divulgação

No próximo domingo (06), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) de Pernambuco irá participar do monitoramento aéreo das eleições municipais da cidade de Cabedelo, na Paraíba.

O Comando Militar do Nordeste (CMNE) convidou a instituição para auxiliar na vigilância dos locais de votação no município em questão. 

O motivo para esse monitoramento é a situação de violência em Cabedelo, que passa por um conflito entre facções criminosas. A ideia é assegurar a supervisão do processo eleitoral na cidade, evitando intercorrências desses grupos criminosos. 

Operação em cidade da Paraíba

A instituição planeja enviar uma equipe com quatro profissionais e cinco drones do Instituto SENAI de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs), um grupo referência em Geointeligência espacial.

Uma demonstração com os veículos aéreos não tripulados que serão utilizados na vigilância das áreas de votação foi feita na sede do Comando Militar do Nordeste, no bairro do Curado, nesta sexta-feira (04) às 10 horas

Dentre os equipamentos que estarão na cobertura das eleições na cidade paraibana há um drone com duas câmeras termais, nove câmeras EBG (eletromagnetic bandgap) de alta resolução e uma lente capaz de identificar objetos invisíveis a olho nu. Os outros quatro drones têm seis câmeras cada. 

Esses itens têm autonomia de voo de 35 a 45 minutos e conseguem atingir um raio de até 15 km da área-base, com altura máxima de 120 metros. Já houve teste de voo em Araripina, Sertão de Pernambuco, com transmissão das imagens diretamente para sede do CMNE. 

Além dessa ação em específico, há previsão de monitoramento aéreo em diversos municípios do Brasil. A Polícia Federal deve usar 95 drones em todo país como forma de evitar crimes eleitorais durante as votações. 

A ideia do monitoramento aéreo é apoiar a atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao supervisionar possíveis casos de ameaças, atentados e outros crimes eleitorais nas proximidades das regiões de votação. 

A central máxima dessas operações será em Brasília, no Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), em ação de parceria entre a Polícia Federal e as polícias civis e militares de todos os 26 estados

@blogdojamildo