Partido REDE tentou emplacar candidatura do deputado Túlio Gadelha, mas foi vencido na federação com PSOL, que fechou a porta e lançou deputada estadual
por Jamildo Melo
Publicado em 04/10/2024, às 08h26
Apesar de ser um pequeno partido, com apenas dois deputados federais eleitos em 2022, a Rede Sustentabilidade está investindo na eleição de vereador do Recife.
O atual vereador Ebinho Florêncio (REDE) recebeu R$ 620 mil do diretório nacional do partido para disputar a reeleição. Ele é irmão do ex-deputado estadual e ex-vereador do Recife, Wanderson Florêncio.
O valor destinado ao vereador chamou atenção, nos bastidores do PSOL, por ser bem superior ao valor destinado a candidata a prefeita Dani Portela (PSOL), que disputa o Recife pela federação PSOL/REDE.
Dani recebeu "apenas" R$ 180 mil do diretório nacional da Rede. Ou seja, uma candidatura a vereador recebeu três vezes mais que a candidatura a prefeita.
Além do valor da Rede, Dani Portela também recebeu R$ 1.210.000,00 (um milhão, duzentos e dez mil reais) do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
Os partidos PSOL e REDE formaram uma federação na eleição de 2022. Por isso, devem disputar as eleições de 2024 juntos, segundo a lei eleitoral.
Também por isso, o deputado federal Túlio Gadelha (REDE) não pode ser candidato a prefeito do Recife, como planejava. Os dois partidos, pela lei eleitoral, só podem ter um candidato a prefeito no Recife.
A federação decidiu internamente pela candidatura de Dani, apesar de Túlio Gadelha ter pleiteado a vaga, com objetivo de ser mais um palanque em favor da governadora Raquel Lyra e contra o adversário João Campos.
O Blog do Jamildo fez a maior e melhor cobertura da guerra interna dos dois partidos, que em tese deveriam ser afinados.
Até os últimos momentos para realização das convenções, Túlio tentou mobilizar o partido para garantir sua candidatura. Como o PSOL tem a maior parcela da federação, conseguiu vencer a disputa e colocar a deputada federal Dani Portela no pleito.
As criticas ao nome de Dani estavam vinculadas com a ideia de que a candidata não faria real oposição a João Campos, o que reforçaria a candidatura do atual prefeito.
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