Prefeito João Campos prometeu na campanha de 2024 ter parte de guarda municipal armada. Agora, PCR compra as primeiras pistolas 380 para a instituição
por Jamildo Melo
Publicado em 21/09/2025, às 11h26 - Atualizado às 11h40
Sem alarde, a Prefeitura da Cidade do Recife abriu licitação para a compra de pistolas cabibre .380 para uso da Guarda Municipal do Recife.
A compra está sendo realizada pela Secretaria Municipal de Planejamento, através de um pregão eletrônico.
Está sendo previsto um gasto de até R$ 2.144.910,45 com as armas.
As armas serão destinadas aos guardas "que possuam porte funcional de arma de fogo providenciado pela Prefeitura do Recife".
A abertura das propostas das empresas interessadas está marcada para 3 de outubro.
No início do mês, o site Jamildo.com já havia revelado que a Prefeitura do Recife contratou um treinamento de tiro para a Guarda Civil Municipal, um passo essencial para que os agentes possam usar armas de fogo pela cidade.
A capital pernambucana é a única capital do Nordeste sem uma Guarda Municipal armada.
O prefeito João Campos havia prometido o armamento durante sua campanha em 2024, depois de uma ampla campanha da oposição acusando a gestão de não colaborar com a medida, vista como necessária para combater a violência na cidade. Como se cidades com guarda municipal não sofressem com violência.
"Eu não acho que arma é a grande solução para segurança, não. Tanto é que a gente vai fazer isso de forma pontual e gradual com sistemas de controle, implantando o bodycam, sistemas de treinamento. Então, o primeiro passo é o treinamento para os guardas que vão passar a ter, que começaram pelo GTO, que é o Grupo Tático Operacional da guarda", esclareceu o prefeito, em agosto de 2024.
Além do treinamento, outras etapas do processo incluem a criação de uma Corregedoria e Ouvidoria da Guarda Municipal, avaliações psicológicas para os agentes e treinamento especializado, antes de pegarem em armas.
Em recente decisão, o Supremo Tribunal Federal (STF) garantiu aos agentes municipais armados o direito de realizar policiamento ostensivo e comunitário.