João Campos promete Guarda do Recife armada até março de 2026

João Campos (PSB), prefeito do Recife, afirmou nesta quarta-feira (26) que o uso de armamento letal pela Guarda Municipal começará até março de 2026, ou seja, antes de renunciar ao cargo para disputar as eleições de 2026.

A definição estabelece um cronograma mais curto que o inicialmente previsto pela gestão, que trabalhava com implantação até o fim do primeiro semestre do próximo ano. Segundo o prefeito, o processo será gradual e envolverá equipes selecionadas, que também utilizarão câmeras corporais.

As primeiras equipes atuarão em áreas estratégicas, como o Centro e o Bairro do Recife. O presidente nacional do PSB destacou que o uso das pistolas seguirá protocolos específicos e tem caráter complementar ao trabalho ostensivo da Polícia Militar.

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“A gente não pode achar que o papel da segurança pública ostensiva pertence à guarda. É um trabalho cooperado. Em áreas específicas, vamos começar com grupos como o Tático Operacional e a Brigada Ambiental. Se alcançarmos bons resultados, ampliamos para toda a guarda”, disse.

A Prefeitura afirma que os 80 agentes que compõem o primeiro grupo estão em fase final de formação, o que permitirá a entrada em operação no primeiro trimestre. A proposta integra um plano de reestruturação da corporação e de ampliação da presença da Guarda em espaços urbanos com maior fluxo de pessoas.

Armas não letais e capacitação integrada

Durante a mesma agenda, o Recife recebeu 1.165 armamentos não letais — 125 armas de eletrochoque e 1.040 sprays de pimenta — por meio do programa federal Município Mais Seguro. A solenidade de entrega ocorreu no Compaz Governador Eduardo Campos, na Linha do Tiro, com a presença do secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo. “O município passa a ter papel central no sistema de segurança pública, e as guardas são fundamentais nesse processo”, afirmou.

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O Recife foi o primeiro município do país a aderir ao programa, que prevê investimento federal de R$ 171 milhões e busca fortalecer guardas municipais após diagnóstico nacional. S

egundo o Ministério da Justiça, apenas 22,22% das cidades brasileiras possuem corporações ativas, e menos da metade delas utiliza armamento letal. No Recife, 80 agentes já passaram por capacitação para uso dos dispositivos não letais.