Pandemia: Cinco anos do primeiro caso de Covid-19 no Brasil

Em 5 anos, Brasil registrou mais de 700 mil mortes pela Covid-19, refletindo a gravidade da pandemia e a luta dos profissionais de saúde.

Ana Luiza Melo

por Ana Luiza Melo

Publicado em 26/02/2025, às 19h08

Profissional da área da saúde durante pandemia Covid-19 - Reprodução da Internet
Profissional da área da saúde durante pandemia Covid-19 - Reprodução da Internet

Há exatos 5 anos, o Brasil registrava o primeiro caso de Covid-19, a maior pandemia em cem anos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ainda de acordo com a OMS, a crise sanitária mundial causou a morte de quase 15 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, diante de um governo que adotou uma postura negacionista, a doença matou mais de 700 mil pessoas e o país esteve entre os locais de maior contaminação no planeta. Desde o início até 26 de fevereiro de 2025, foram confirmados 37 553 337 casos e 702 421 mortes.

A vítima número um do Brasil foi um morador de São Paulo, de 61 anos e que esteve na Itália a trabalho naquele mesmo ano. O registro desta data se espalhou no dia de hoje com matérias e publicações em veículos de comunicação e perfis de redes sociais, de figuras públicas e não públicas. Em Pernambuco, o deputado Gilmar Júnior (PV), lembrou o início da pandemia no Brasil e ressaltou como o trabalho da enfermagem foi fundamental na crise sanitária. Enfermeiro e único representante da categoria na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o parlamentar se posicionou sobre a questão.

O que veio depois foi uma batalha dura, que levou milhões de vidas e deixou marcas profundas em inúmeras famílias”, lamentou Gilmar Júnior. 

No post do Instagram, Gilmar afirmou que no dia de hoje devem ser prestadas homenagens aos profissionais da enfermagem, que estiveram na linha de frente, muitas vezes sem a estrutura adequada, mas sempre com coragem de sobra.

“Foram eles que seguraram a mão dos pacientes, limparam, pronaram, confortaram, medicaram, seguraram os celulares para que pudessem falar com a família… também cuidaram dos corpos já falecidos e precisaram dar tantas más notícias. Foram eles que lutaram incansavelmente para salvar vidas e, muitas vezes, pagaram com a própria”, enfatizou o parlamentar.

Em 2022, a Fiocruz publicou um estudo preocupante para a categoria: mais de 4,5 mil profissionais de saúde morreram durante o auge da pandemia de Covid-19. O levantamento foi realizado pela Internacional de Serviços Públicos (ISP) e produzido pela Lagom Data mostra que desses, 70% eram auxiliares ou técnicos de enfermagem e 24% eram enfermeiros. “Heróis sem armas, adoecidos mentalmente e fisicamente e esquecidos pelos governantes. O luto pelas perdas jamais será esquecido”, afirmou Gilmar Júnior, em informe ao site Jamildo.com.