Empréstimo com o Bird deve focar em uso de recursos para o Arco Metropolitano, uma das principais promessas de campanha de Raquel Lyra
por Cynara Maíra
Publicado em 05/11/2025, às 09h47
Aprovação no Senado: O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (4) o empréstimo de US$ 275 milhões (R$ 1,49 bilhão) do Bird para o Governo de Pernambuco.
Destino: Os recursos são do Programa de Sustentabilidade Fiscal (PEF) e devem ser usados para obras como o Arco Metropolitano.
Contexto Político: Em outubro, Álvaro Porto usou este mesmo empréstimo (autorizado pela Alepe em 2024) para acusar Raquel Lyra de "falta de gestão", alegando que o governo não o executava.
Defesa do Governo: Aliados de Raquel afirmam que precisaram usar outras fontes de recursos porque Álvaro Porto atrasou por seis meses a votação de outro empréstimo (de R$ 1,5 bi) destinado ao Arco.
Tramitação: A aprovação no Senado, relatada por Fernando Dueire, era o último passo para a contratação federal do empréstimo de US$ 275 milhões.
O Plenário do Senado Federal aprovou na terça-feira (4) a autorização para gestão Raquel Lyra (PSD) contratar uma operação de crédito externo de até US$ 275 milhões (cerca de R$ 1,49 bilhão) com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).
O empréstimo (PRS 47/2025) foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e, em seguida, no plenário, com relatoria do senador pernambucano Fernando Dueire (MDB).
Os recursos irão para o Programa de Sustentabilidade Fiscal, Econômica e Ambiental do Estado de Pernambuco, o PEF, e deve viabilizar obras de infraestrutura, como o Arco Metropolitano, uma das principais promessas da gestão da governadora Raquel Lyra.
A aprovação no Senado destrava o processo na esfera federal, permitindo que o governo contrate o valor. Dueire classificou a aprovação como um "ato histórico". "Vai permitir que o estado tenha condições equilibradas para que a máquina tenha a possibilidade de novos investimentos", afirmou.
Essa seria a última etapa do empréstimo que gerou impasses entre a oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e governistas.
No dia 20 de outubro deste ano, Álvaro Porto (PSDB) falou sobre a operação de crédito para acusar a governadora de "falta de gestão".
Na ocasião, Porto afirmou que Raquel Lyra culpava a Alepe por atrasos em obras (como o Arco Metropolitano) ao travar um empréstimo (de R$ 1,5 bilhão, aprovado em setembro).
O presidente da Alepe citou que o pagamento do início de obras da gestão seriam de um empréstimo anterior, não o valor recém-aprovado pelos parlamentares.
Logo após, o deputado Antonio Moraes (PP), aliado da governadora, rebateu as críticas. Ele explicou que o governo precisou usar outra fonte de recurso para iniciar as obras do Arco Metropolitano, justamente porque a Alepe demorou seis meses para aprovar o empréstimo de R$ 1,5 bilhão que era a fonte original para a obra.