Pesquisa PoderData: aprovação de Lula sobe no último mês, mas não dispara

De acordo com a pesquisa, a aprovação cresceu dois pontos percentuais desde o último levantamento

Clara Nilo

por Clara Nilo

Publicado em 30/07/2025, às 14h55 - Atualizado às 16h08

Lula no Palácio do Planalto - Victor Moriyama for The New York Times
Lula no Palácio do Planalto - Victor Moriyama for The New York Times

De acordo com pesquisa realizada pelo PoderData, a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é considerada “ruim ou péssima” por 41% dos eleitores brasileiros. Por outro lado, 22% dos entrevistados avaliam o governo como “ótimo ou bom”, um crescimento de dois pontos percentuais em relação à sondagem anterior, realizada em junho (20%).

34% classificam a gestão como “regular”, também com alta de dois pontos. Outros 3% dos entrevistados não souberam ou preferiram não opinar.

O crescimento na popularidade da gestão do presidente Lula pode ser relacionada à forma que o petista tem lidado com a taxação estadunidense de 50% em cima dos produtos brasileiros, imposta pelo presidente Donald Trump. Nesse contexto, Lula tem se aproximado dos empresários brasileiros.

A pesquisa ouviu 2.500 eleitores entre os dias 26 e 28 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

Entenda o contexto

Diante do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), Donald Trump enviou uma carta ao presidente Lula em que exigia que o processo fosse interrompido e, caso contrário, aplicaria uma taxa de 50% em cima dos produtos brasileiros a partir do dia 1 de agosto. 

Em resposta, entretanto, Lula afirmou que não exerce poder sobre o judiciário e que, no Brasil, os três poderes são independentes. 

Desde então, o presidente brasileiro tem tentado negociar com Trump, que não se mostra disponível para o diálogo. Em entrevista ao New York Times, nesta quarta-feira (30), Lula afirmou: 

"Eu pedi para entrar em contato [com Trump]. Designei meu vice-presidente, meu ministro da Agricultura, meu ministro da Economia, para que cada um pudesse conversar com seu homólogo e entender qual era a possibilidade de diálogo. Até agora, não foi possível [o contato]".