Em sua rede social, Tarcísio afirmou que "não adianta se esconder atrás do Bolsonaro", pois "a responsabilidade é de quem governa"
por Clara Nilo
Publicado em 11/07/2025, às 10h27 - Atualizado às 12h40
Diante da afirmação dos Estados Unidos sobre a imposição da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que a responsabilidade seria das ações recentes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em sua rede social, Freitas escreveu: "Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado. Tiveram tempo para prestigiar ditaduras, defender a censura e agredir o maior investidor direto do Brasil. Outros países buscaram a negociação. Não adianta se esconder atrás do Bolsonaro. A responsabilidade é de quem governa. Narrativas não resolverão o problema".
Em resposta, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se manifestou.
"Quem está colocando ideologia acima dos interesses do país é o governador Tarcísio e todos os cúmplices de Bolsonaro que aplaudem o tarifaço de Trump contra o Brasil", afirmou ela.
Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, também comentou o ataque de Tarcísio ao presidente.
"O governador [Tarcísio] errou muito. Porque ou bem uma pessoa é candidata a presidente, ou é candidata a vassalo. E não há espaço no Brasil para vassalagem, desde 1822 isso acabou. O que está se pretendendo aqui? Ajoelhar diante de uma agressão unilateral sem nenhum fundamento econômico", disse ele.
O governador de São Paulo é um dos nomes da direita cotados para concorrer à presidência em 2026. Como aliado de Bolsonaro, Tarcísio tem se saído relativamente bem nas últimas pesquisas.
O site Jamildo.com preparou um painél interativo com a pesquisa de maio e junho do Instituto Informa. Acompanhe o material:
Em abril deste ano, inclusive, Comissão de Cidadania da Assembleia Legilativa de Pernambuco aprovou um projeto de resolução que concedeu o Título Honorífico de Cidadão Pernambucano ao governador de São Paulo. Membros do PL na Alepe comemoraram e apoiaram o projeto, enquanto membros do PT e do PSOL afirmaram que o político não teria contruibuido em nada com o crescimento do estado.
Leia também