Chapa de Ingrid Zanella é composta por duas mulheres. Caso eleita, liderança feminina na OAB-PE será inédita em mais de 90 anos da instituição
por Cynara Maíra
Publicado em 25/09/2024, às 11h34
Com eleição marcada para o dia 18 de novembro, a disputa pela liderança da Ordem Nacional dos Advogados do Brasil (OAB) em Pernambuco tem sido tema entre os advogados pernambucanos.
Os candidatos ao pleito para o triênio de 2025-2027 são a atual vice-presidente da Ordem em Pernambuco, Ingrid Zanella, apoiada pela gestão, e Almir Reis, sendo oposição à atual administração da OAB de Pernambuco. Almir já se candidatou ao cargo em 2021, mas perdeu a disputa com diferença de 1,5%
Ainda no período de pré-campanha da Ordem, as chapas dos candidatos já estão formadas. Almir Reis escolheu Professora Fernanda Resende como vice, enquanto Ingrid Zanella deve estar se aliando com Schamkypou Bezerra.
A partir dessa configuração, caso a chapa de Zanella saía vitoriosa da disputa, essa será a primeira vez nos 92 anos de existência da OAB-PE que uma dupla de mulheres lideraria a organização. Também não houve uma presidente mulher eleita para o cargo em Pernambuco.
Ingrid passou seis anos como vice-presidente da Ordem em Pernambuco e já atuou como presidente interina na ausência do presidente Fernando Ribeiro Lins, mas nunca houve a vitória de uma mulher.
Com nome de inspiração tailandesa, a advogada brasileira Schamkypou é voltada para área trabalhista e atua como professora para bacharéis de Direito que prestam o Exame da OAB.
A escolha da advogada teria o objetivo de aproximar Ingrid da nova geração da advocacia, já que a candidata à presidência já compõe a gestão da OAB e poderia ser vista como apenas a continuidade da administração atual.
A escolha de ambos os candidatos por vices mulheres também está vinculada com um levantamento recente da OAB Nacional através da Fundação Getúlio Vargas. A análise demonstrou que a maioria dos advogados inscritos da Ordem são mulheres, com 51,43% do grupo.
Em 2021, a OAB criou uma regra para suas eleições, que exige a paridade de gênero para os cargos dentro da Ordem.
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