Com 58,1% de desaprovação, presidente Lula enfrenta queda expressiva na capital onde venceu em 2022; aprovação do petista caiu 13 pontos percentuais
por Plantão Jamildo.com
Publicado em 01/05/2025, às 09h43
A mais recente pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas revela um cenário preocupante para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na maior cidade do país: 58,1% dos paulistanos afirmam desaprovar a sua gestão. Trata-se da maior taxa de rejeição registrada pelo petista na capital paulista desde o início de seu terceiro mandato.
Segundo o levantamento, apenas 38,2% dos moradores da cidade de São Paulo avaliam positivamente o governo federal. Em contraste, na pesquisa anterior realizada em setembro de 2024, Lula contava com 51,1% de aprovação e 46% de desaprovação — uma inversão considerável em poucos meses, indicando um desgaste significativo da imagem presidencial no quinto maior colégio eleitoral do Brasil, com quase 9,3 milhões de eleitores.
O estudo ouviu 1.205 habitantes da capital entre os dias 9 e 13 de março de 2025. A margem de erro é de 2,9 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. Embora não haja uma explicação única para essa virada na opinião pública, analistas políticos apontam múltiplos fatores que contribuíram para a queda da popularidade do presidente.
Entre os principais episódios que podem ter afetado a percepção do eleitorado está a polêmica sobre as novas regras do Pix, que gerou forte repercussão nas redes sociais após um vídeo viral do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
A mobilização digital contra a medida forçou o Ministério da Fazenda a recuar parcialmente, mas o episódio parece ter deixado marcas na popularidade do governo entre os mais jovens e nos setores ligados ao empreendedorismo informal.
A queda nos índices de aprovação é particularmente simbólica porque a cidade de São Paulo teve um papel decisivo na eleição de Lula em 2022. No segundo turno, o petista venceu o então presidente Jair Bolsonaro (PL) na capital paulista com 53,5% dos votos válidos.
A pesquisa atual aponta que o presidente ainda não conseguiu ampliar sua base de apoio entre os paulistanos desde que assumiu o cargo. Pelo contrário, há sinais de erosão entre eleitores que anteriormente optaram pelo petista ante o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro..