A tendência é que Eduardo da Fonte esteja na chapa de Raquel Lyra para o Senado. Esse é um dos primeiros gestos de articulação de Raquel para compor chapa
por Cynara Maíra
Publicado em 15/12/2025, às 08h40 - Atualizado às 09h25
Raquel Lyra reuniu-se com Eduardo da Fonte (PP), sinalizando apoio à sua candidatura ao Senado em 2026.
O gesto é uma resposta à movimentação do presidente nacional do União Brasil, que defendeu Miguel Coelho para a vaga ao lado de João Campos.
O PP comanda a federação em Pernambuco e tem maioria para vetar a candidatura de Miguel pela legenda.
Aliados de Dudu sugerem que Miguel busque outro partido se quiser disputar o Senado na oposição.
A chapa de João Campos tem excesso de candidatos, com Marília Arraes, Silvio Costa Filho e o PT na disputa.
A governadora Raquel Lyra (PSD) recebeu, no sábado (13), no Palácio do Campo das Princesas, o deputado federal Eduardo da Fonte, presidente estadual do Progressistas (PP) e da federação União Progressista.
O encontro é o primeiro gesto oficial da gestora sobre uma futura composição de sua chapa majoritária para 2026.
A reunião ocorre em meio a um impasse na federação entre PP e União Brasil. O estopim recente foi a declaração do presidente nacional do União, Antônio Rueda, que defendeu o nome de Miguel Coelho (União Brasil) para o Senado, durante agenda ao lado do prefeito do Recife, João Campos (PSB), no Sertão.
A reação do grupo de Dudu da Fonte foi reforçar que o comando da federação em Pernambuco é do Progressistas, que detém 5 dos 7 votos da executiva estadual. Para o BlogDellas, o deputado e secretário de Turismo de Raquel, Kaio Maniçoba citou que Miguel seria "voto vencido".
O xadrez político coloca Miguel Coelho em uma situação delicada. Embora conte com o apoio da executiva nacional do União Brasil, o ex-prefeito de Petrolina não tem o controle da legenda no estado devido à federação.
Para viabilizar sua candidatura na chapa de João Campos, como deseja, Miguel precisaria romper a estrutura federativa ou buscar outro partido, já que Dudu da Fonte detém o poder de veto local.
Outros nomes que podem compor a chapa de Raquel Lyra são o senador Fernando Dueire (MDB), o presidente do Partido Liberal em Pernambuco, Anderson Ferreira (PL), o ex-senador Armando Monteiro e o deputado federal Mendonça Filho (UB).
Dueire e Mendonça podem precisar mudar de partidos caso tenham interesse de assegurar essas pretensões, já que ambas as legendas atuais dos políticos são lideradas por aliados de João Campos, que já tem quatro nomes mais alinhados na disputa.
O Avante dos irmãos Oliveira já sinalizou duas vezes o interesse de abrigar o senador, enquanto há especulações sobre a entrada de Mendonça no partido Novo.
Em entrevista ao PodJá- O Podcast do Jamildo, Mendonça afirmou que ainda não escolheu se mudará de partido, já que esteve em apenas uma legenda toda sua trajetória política, estando em todas as transições que geraram o União Brasil (de PFL para DEM, da fusão com o PSL gerando o União Brasil). Veja o episódio: