Quando e que horas será o julgamento de Bolsonaro?

Jair Bolsonaro e mais sete réus serão julgados nos próximos dias, pela Primeira Turma do STF, por tentativa de Golpe de Estado e outros crimes correlatos

Clara Nilo

por Clara Nilo

Publicado em 01/09/2025, às 12h47 - Atualizado às 13h26

Julgamento de Jair Bolsonaro no STF - REPRODUÇAO/ TV JUSTIÇA
Julgamento de Jair Bolsonaro no STF - REPRODUÇAO/ TV JUSTIÇA

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será julgado, nesta terça-feira (2), na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento inteiro durará cinco dias (2, 3, 9, 10 e 12 de setembro) já que, fora o ex-presidente, mais sete pessoas também estarão sob julgamento. 

Nesta terça-feira, o horário será das 9h às 12h e, após um intervalo, das 14h às 19h. O julgamento poderá ser assistido na TV Justiça e no canal do YoutuBe do próprio STF.

Jair Bolsonaro responde por cinco crimes: organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. 

Somando todas as penas máximas dos crimes, pode-se somar 43 anos de prisão. 

Os réus além de Bolsonaro, que também foram denunciados pela Procurador-Geral da República (PGR), são: Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Mauro Cid, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

Confira os horários dos outros dias: 

  • 3 de setembro: 9h às 12h;
  • 9 de setembro: 9h às 12h e 14h às 19h;
  • 10 de setembro: 9h às 12h;
  • 12 de setembro (dia da sentença): 9h às 12h e 14h às 19h.

Votarão os ministros, na seguinte ordem: Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fux, Carmén Lúcia e Cristiano Zanin. O voto da ministra pode ser decisivo, já que é preciso maioria para absolver ou condenar. 

A defesa de Bolsonaro afirma o seguinte:

  1. A minuta de decreto golpista nunca foi incluída nos autos;
  2. os documentos apresentados seriam apócrifos;
  3. o 8 de janeiro foi um crime multitudinário, não instigado por Bolsonaro, que já não era presidente e estava fora do Brasil na data;
  4. as falas do delator Mauro Cid seriam contraditórias e “manipuladas desde o primeiro depoimento”;
  5. não houve criação de uma “Abin paralela” nem uso direcionado da PRF.