Capitais do Nordeste avançam em ranking de demanda imobiliária

Nordeste ganha protagonismo ganha protagonismo na demanda imobiliária, com Fortaleza tendo maior destaque na região. Recife também teve evolução

Jamildo Melo

por Jamildo Melo

Publicado em 30/10/2025, às 10h04 - Atualizado às 10h18

Área do Centro do Recife
A região Nordeste consolidou-se como destaque nacional em 2025. Recife subiu para quinta posição - Jamildo.com

As cidades de Recife, Fortaleza, Natal e Salvador registraram os maiores avanços na nova edição do Índice de Demanda Imobiliária (IDI) Brasil, que mede a atratividade de cidades brasileiras para o mercado de imóveis residenciais verticais.

Não por acaso, o 22 Congresso Nacional do Mercado Imobiliário (Conami) ocorre nesta quarta e quinta, na capital pernambucana, com cobertura especial do site Jamildo.com.

O levantamento passou a abranger 79 cidades em sua edição mais recente, divulgada nesta quarta-feira (29).

O IDI Brasil é baseado em dados reais de transações imobiliárias e apresenta, de forma gratuita, o desempenho de cada cidade.

Nordeste ganha protagonismo

A região Nordeste consolidou-se como destaque nacional em 2025. Fortaleza (CE), que já vinha registrando forte demanda no padrão econômico, superou Curitiba (PR) e assumiu a liderança nacional no segmento.

De acordo com o índice, metade das dez cidades mais bem colocadas no padrão econômico pertence ao Nordeste. Recife (PE) subiu três posições e ocupa o 5º lugar; Salvador (BA) aparece em 6º; e São Luís (MA) avançou seis posições, chegando ao 14º lugar.

Avanço do mercado de médio padrão

No segmento de renda familiar entre R$ 12 mil e R$ 24 mil, São Paulo (SP), Goiânia (GO) e Brasília (DF) mantêm as três primeiras posições. A novidade é Salvador (BA), que subiu oito colocações e agora figura em 4º lugar, impulsionada pelo crescimento da demanda e pela atratividade de novos lançamentos.

Belém (PA) também se destacou, subindo seis posições e chegando à 12ª colocação. Segundo Fabrizio Gonçalves, presidente do Sinduscon-PA, o mercado local vive um momento de retomada. “Tenho visitado obras ainda na fundação com mais de 90% das unidades vendidas. O mercado de Belém está aquecido e deve seguir assim no próximo ano, mesmo após a COP”, afirmou.

O ranking de médio padrão mostra uma distribuição equilibrada entre regiões: três cidades do Sudeste, três do Sul, duas do Centro-Oeste e duas do Nordeste.

Top 5 – Médio padrão:

  1. São Paulo (SP)
  2. Goiânia (GO)
  3. Brasília (DF)
  4. Salvador (BA)
  5. Curitiba (PR)

Segmento econômico e alta demanda

Entre as famílias com renda mensal de R$ 2 mil a R$ 12 mil, o movimento foi de maior dinamismo. Fortaleza assumiu a liderança nacional, refletindo melhora na economia local e redução dos estoques de imóveis.

Campo Grande (MS) foi o destaque fora do eixo Norte-Nordeste, com ganho de 11 posições e chegada à 15ª colocação, impulsionada pela atratividade de lançamentos.

Top 5 – Padrão econômico:

  1. Fortaleza (CE)
  2. São Paulo (SP)
  3. Curitiba (PR)
  4. Goiânia (GO)
  5. Recife (PE)

Crescimento no alto padrão

O mercado de alto padrão (renda acima de R$ 24 mil) manteve o domínio de São Paulo e Goiânia, mas com avanço consistente do Nordeste. Recife (PE) e Fortaleza (CE) passaram a figurar entre as primeiras colocações, sustentadas pela combinação entre demanda direta e novos lançamentos.

Natal (RN) teve um salto expressivo, subindo da 60ª para a 24ª posição. O movimento, segundo o estudo, foi impulsionado pelo aumento da atratividade de empreendimentos voltados à alta renda e investidores.

Top 5 – Alto padrão:

  1. São Paulo (SP)
  2. Goiânia (GO)
  3. Recife (PE)
  4. Fortaleza (CE)
  5. Brasília (DF)

Belém também se destacou, impulsionada pelos investimentos públicos e privados realizados antes da COP30.

José Carlos Martins disse que o movimento reflete o dinamismo atual da capital do Pará e que a tendência é de continuidade, mesmo após o evento da Organização das Nações Unidas sobre mudanças climáticas.

“Belém teve esse resultado como reflexo dos investimentos para COP30. Quando há investimentos na cidade, o mercado imobiliário melhora. E um mercado imobiliário pujante também é bom para cidades. As pessoas adoram morar perto de onde existe infraestrutura, como metrô, escola, hospital”, afirma Martins.