Câmara dos Vereadores aprova sinalização de antigos locais de repressão na Ditadura Militar

Nesta segunda-feira (14), a Câmara Municipal do Recife aprovou diversos requerimentos, apresentados pela vereadora Liana Cirne (PT), voltados para a sinalização dos locais que foram foram utilizados como centros de repressão e violação de direitos humanos durante a Ditadura Militar de 1964.

A mobilização e apresentação dos requerimentos surgiu através da articulação realizada com a Associação Pernambucana de Anistiados Políticos (APAP). A associação atua em Pernambuco, há 25 anos, em defesa do direito e memória no contexto das graves violações de direitos humanos ocorridas durante o período. 

Para Liana, a implementação de sinalizações são "fundamentais para a consolidação de uma cultura democrática baseada na dignidade, na justiça e no respeito aos Direitos Humanos”.

“A instalação de placas memoriais em locais onde ocorreram atos de repressão política configura-se como ação concreta e imprescindível para preservar a memória e afirmar a verdade histórica. Elas atuam como instrumentos de educação e reflexão, homenageando as vítimas, resgatando histórias silenciadas e alertando as futuras gerações sobre os riscos do autoritarismo", disse ela. 

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Também foram aprovados na Câmara o apelo ao ministro da defesa para que proíba comemorações do Golpe de 1964 por parte da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e o pedido de instalação de dois bustos em homenagem aos estudantes Jonas José de Albuquerque Barros e Ovan da Rocha Aguiar, ao lado do Memorial Vítimas da Ditadura na Av. Dantas Barreto, no bairro de São José.

Confira os locais em que as placas serão instaladas:

• Sede da Polícia Civil de Pernambuco, na Rua da Aurora, nº 405, bairro da Boa Vista – antigo prédio da Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS), onde opositores da ditadura foram presos e torturados;
• Quartel da Base Aérea do Recife, na Avenida Maria Irene, bairro Jordão;
  Hospital Geral do Exército de Recife (HMAR), também associado à repressão durante o período;
• Casa da Cultura, na Rua Floriano Peixoto, que já funcionou como Casa de Detenção;
• Ministério Público de Pernambuco, na Avenida Visconde de Suassuna, nº 99 – local onde funcionava o antigo quartel da 2ª Companhia de Guardas.