Raquel Lyra e Silvio Costa Filho relançam leilão do terminal do Porto do Recife, adiado em 2016, e anunciam R$ 100 milhões para dragagem

A governadora Raquel Lyra (PSD) e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos) assinaram, nesta sexta-feira (19), termo de compromisso para dragagem dos canais interno e externo do Porto do Recife e lançaram o edital de arrendamento do Terminal Marítimo de Passageiros. As iniciativas somam mais de R$ 100 milhões em investimentos e preveem início das intervenções em dezembro de 2025.

A dragagem, estimada em R$ 100 milhões, vai ampliar a profundidade mínima para -12 metros, adequar o canal de acesso a 240 metros de largura e a bacia de manobra a 500 metros de diâmetro. O calado operacional passará a -10,7 metros, permitindo a atracação de navios de até 210 metros de comprimento. O objetivo é ampliar a capacidade de operação, reduzir custos e atender às normas de segurança da autoridade marítima.

No Terminal Marítimo de Passageiros, o edital de arrendamento prevê investimentos de R$ 2,3 milhões ao longo de 25 anos de concessão. Entre as melhorias, estão a reforma completa das instalações, climatização reforçada do Armazém 07, aquisição de scanners de inspeção e detectores de metal, novos mobiliários e equipamentos de escritório, além de obras de acessibilidade e ampliação das áreas de espera e atendimento.

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O ministro Silvio Costa Filho afirmou que a dragagem atende a uma demanda de mais de dez anos. “Serão R$ 100 milhões destinados à recuperação da dragagem, o que permitirá o aumento do calado e a chegada de navios maiores, ampliando a capacidade de operação do porto”, disse.

A governadora Raquel Lyra destacou que a operação do porto passou a registrar resultados positivos e apontou impacto em setores estratégicos. “Uma empresa que antes era deficitária passou a apresentar resultados superavitários. Isso impacta não apenas o turismo, mas também cadeias como o polo cervejeiro e o polo de açúcar, garantindo maior competitividade logística. Pernambuco hoje registra o maior crescimento do PIB dos últimos 15 anos”, afirmou.

O presidente do Porto do Recife, Paulo Nery, lembrou outras entregas recentes, como a requalificação do Armazém 6 e o projeto executivo para expansão da pavimentação e drenagem do cais, além da modernização do sistema de combate a incêndio. Segundo ele, a dragagem “fortalecerá a posição do Porto do Recife no sistema portuário nacional, com mais segurança, eficiência e atratividade para novos tipos de cargas e investimentos”.

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O secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, reforçou que o governo estadual vem buscando atrair recursos federais para garantir modernização e ampliar a recepção de turistas.

Deputados estaduais e federais acompanharam a solenidade. William Brígido destacou o caráter de execução da gestão estadual, enquanto Waldemar Oliveira ressaltou a importância de obras de infraestrutura para o desenvolvimento econômico.

Também participaram os deputados Ossesio Silva e Mário Ricardo; os secretários estaduais Túlio Vilaça (Casa Civil), André Teixeira Filho (Mobilidade e Infraestrutura) e Hercílio Mamede (Casa Militar); além de representantes de órgãos públicos como o Porto de Suape, Empetur e CPRH.

Histórico do leilão do terminal

Essa não é a primeira vez que o terminal é colocado em disputa. A primeira notícia de concessão à iniciativa privada do Porto do Recife foi em 2014. "União tentará vender terminal marítimo de passageiros do Recife em 2015". Devido ao trâmite de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a privatização ficou em segundo plano.

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O leilão para terminal marítimo chegou a ser marcado pouco mais de um ano depois, já com Michel Temer como presidente interino. De acordo com o acervojamildo.com, em 24 de março de 2016, o leilão chegou a ser marcado para 31 de agosto daquele ano. O arrendatário deveria investir R$ 4,4 milhões em equipamentos, com expectativa de receita de R$ 105 milhões ao longo do contrato inicial de 25 anos, prorrogável por mais 25. A previsão era de utilização por 963 mil pessoas no período.

O terminal, com 23 mil metros quadrados, havia sido concluído em 2013, com custo de R$ 28,1 milhões, dentro do pacote de obras da Copa das Confederações, como também foi noticiado pelo acervo.

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Entretanto, em 23 de agosto de 2016, o Ministério dos Transportes suspendeu o leilão por prazo indeterminado, sob justificativa de necessidade de ajustes no edital e obras de dragagem para valorização do empreendimento. A data prevista para a disputa coincidia com a posse de Michel Temer como presidente da República, após o impeachment de Dilma Rousseff.