Raquel Lyra abre licitação de R$ 11 milhões para contenção de encostas em Paulista

Requalificação de encostas vão beneficiar bairros de Arthur Lundgren II e Mirueira, classificados com alto risco de deslizamento

Cynara Maíra

por Cynara Maíra

Publicado em 19/12/2025, às 13h07 - Atualizado às 13h35

Encosta com parte íngreme e casa quase na ponta
Situação de encosta em Paulista logo após as chuvas de 2022

Raquel Lyra abriu licitação de R$ 11 milhões para encostas em Paulista.

Obras beneficiarão os bairros Arthur Lundgren II e Mirueira.

As áreas possuem risco alto (R3) de deslizamento e abrigam 139 famílias.

Recursos são federais (Ministério das Cidades) e a disputa começa em 7 de janeiro de 2026

O governo de Raquel Lyra (PSD) lançou, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), a licitação para obras de contenção de encostas em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. O edital prevê um investimento máximo de R$ 11.018.569,58 para intervenções em áreas de risco nos bairros de Arthur Lundgren II e Mirueira.

As empresas interessadas devem apresentar propostas até o dia 7 de janeiro de 2026, quando ocorrerá o início da disputa. A obra será custeada com recursos federais do Orçamento Geral da União (OGU), repassados pelo Ministério das Cidades, com interveniência da Caixa Econômica Federal.

A licitação foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) no sábado passado, 13 de dezembro, mas teve maior divulgação na área jornalística do DOE desta sexta-feira (19).

Áreas de risco R3

As intervenções focam em locais classificados com grau de risco R3 (alto), onde há histórico de instabilidade e perigo de deslizamentos em períodos chuvosos. Ao todo, 139 famílias (cerca de 556 pessoas) serão beneficiadas diretamente pela estabilização do terreno.

As obras foram divididas em duas frentes:

  • Mirueira (Rua Professor Teodósio Filho): Área de 5.974 m², protegendo 92 famílias.

  • Arthur Lundgren II (Rua Surubim): Área de 1.937 m², protegendo 47 famílias.

Solução técnica

O projeto de engenharia prevê o uso da técnica de solo grampeado associado à cobertura vegetal (biomanta). A premissa do método é reforçar a estrutura profunda do maciço de terra, impedindo a erosão superficial e garantindo a segurança das moradias no entorno.

"Estudos técnicos identificaram a necessidade de intervenções estruturais para garantir a estabilidade dos taludes e assegurar a proteção da população", afirmou o secretário executivo da Seduh, Francisco Sena.