Após leilão de Raquel, PCR de João Campos apresenta na bolsa PPP Morar no Centro

João Campos não compareceu ao evento na Bolsa de Valores. PCR divulgou pontos da PPP que visa criar aluguéis sociais no Centro

Cynara Maíra

por Cynara Maíra

Publicado em 19/12/2025, às 11h02 - Atualizado às 11h35

Manoel Renato Machado Filho Augusto Henrique Alves Rabelo Samantha de Castro Schuber  Felipe Cury sorriem lado a lado
Manoel Renato Machado Filho, Augusto Henrique Alves Rabelo, Samantha de Castro Schuber e Felipe Cury apresentaram projeto da PPP Morar no Centro - Divulgação

PCR apresentou a PPP "Morar no Centro" a investidores na B3, em São Paulo, sem a presença de João Campos.

O projeto prevê 1.128 unidades habitacionais via aluguel social e mercado popular no Centro do Recife.

O contrato de R$ 600 milhões terá duração de 25 anos e inclui gestão condominial e manutenção pela empresa vencedora.

O leilão está previsto para abril de 2026; o edital deve sair até o fim deste ano.

A PPP inclui a construção de uma sede para a Orquestra Criança Cidadã no Cabanga.

No mesmo dia que o governo estadual realizou um leilão na B3 para concessão parcial da Compesa, a Prefeitura do Recife levou à Bolsa de Valores de São Paulo o projeto de Parceria Público-Privada (PPP) "Morar no Centro".

Diferente do evento da governadora Raquel Lyra, o prefeito João Campos (PSB) não compareceu, sendo conduzida pelo secretário de Habitação, Felipe Cury, e pela equipe técnica da secretaria de Parcerias.

O objetivo da apresentação seria atrair investidores para viabilizar a criação de mais de mil unidades habitacionais na região central da capital, por meio de aluguéis sociais. O projeto foca nos bairros de Santo Antônio, São José, Boa Vista e Cabanga, combinando a construção de novos prédios com o retrofit de edificações antigas.

Detalhes do PPP Morar no Centro

A PPP "Morar no Centro" será uma concessão patrocinada com prazo de 25 anos e investimento total estimado em cerca de R$ 600 milhões.

Na documentação divulgado antes da aprovação pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), o parceiro privado será responsável pela obra, manutenção e gestão condominial de seis empreendimentos.

Quatro desses voltados exclusivamente para locação social (famílias com renda de até 3,5 salários mínimos) e dois com perfil de mercado popular.

Pelo modelo financeiro, o aluguel social somado ao condomínio não poderá comprometer mais de 25% da renda do beneficiário. A prefeitura cobrirá a diferença através de uma contraprestação mensal máxima de R$ 2,2 milhões. As unidades serão entregues mobiliadas com itens básicos, como fogão e geladeira.

Obras e contrapartidas

Entre as áreas mapeadas para a concessão estão terrenos subutilizados no bairro do Cabanga (chamado de Cabanga Sul), onde 60% do espaço será destinado à habitação. O projeto também prevê a construção de uma nova sede para a Orquestra Criança Cidadã e a preservação de áreas verdes no local.

Segundo o secretário Felipe Cury, a licitação deve ocorrer no início de 2026, com o leilão previsto para abril. "A principal inovação é agregar em um único projeto construção, retrofit e gestão social condominial", afirmou o gestor.

O edital, que já passou pelo crivo do TCE-PE, deve iniciar o processo de licitação no começo de 2026.