O número de obras paradas ainda está abaixo dos índices de 2021 até 2023, mas aumentaram em relação a 2023-2024, diz relatório do TCE em balanço de gestão
por Cynara Maíra
Publicado em 15/12/2025, às 09h53
Estado tem 1.551 contratos paralisados, o equivalente a 30% das 5.147 obras em execução
Mais de 80% das obras paradas (1.289) são de responsabilidade dos municípios; 262 são do Governo do Estado
Projetos paralisados somam R$ 4,9 bilhões em contratos, com R$ 1,4 bilhão já pagos
Mobilidade urbana concentra maior volume de recursos travados: R$ 916 milhões, seguida de água, educação, recursos hídricos e infraestrutura urbana
Entre obras estaduais paradas estão BRT da BR-101, corredores Norte-Sul e Leste-Oeste e hidrovia dos rios Capibaribe e Beberibe
Presidente do TCE, Valdecir Pascoal, diz que não houve grande redução no total de obras paradas, diante da entrada de novos projetos
Número atual (1,55 mil contratos) está abaixo do pico histórico de 2022-2023 (1,8 mil), mas acima da média de 1,2 mil contratos parados em outros biênios
Após divulgar um relatório completo com o balanço das ações da gestão entre 2024-2025, o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) divulgou nesta segunda-feira (15) a amostra vinculada com o número de obras paralisadas no estado.
Segundo o levantamento, do biênio de 2023-2024 para 2024-2025, as obras paradas em Pernambuco aumentaram. A elevação foi de 5% em relação ao período anterior.
No total, 1.551 contratos estão paradas, compondo 30% das 5.147 obras em vigor. Desse grupo, mais de 80% (1.289) é responsabilidade dos municípios, apenas 262 são do Governo de Pernambuco. A distribuição financeira dessas iniciativas são de R$ 4,9 bilhões, com R$ 1,4 bilhão efetivamente pagos.
A distribuição dos recursos nesses projetos paralisados são:
As obras paradas de responsabilidade do estado de Pernambuco somam R$ 933.187.115,70, algumas delas são:
Em nova entrevista para o PodJá- O Podcast do Jamildo, o presidente do TCE, Valdecir Pascoal, afirmou não haver grandes decréscimos nas obras paralisadas, principalmente com a entrada de novas obras. O episódio irá ao ar no sábado (20).
Em comparação aos últimos biênios, 2024-2025 não chegou ao maior patamar histórico, de 2022-2023 (de 1.8 mil contratos), mas também está acima da média de 1.2 mil. Veja a série histórica:
O Tribunal de Contas faz essa análise a partir do Mapa de Obras das Prestações de Contas Anuais, enviadas pelos gestores.