Plantão Jamildo.com | Publicado em 19/04/2025, às 11h27
O deputado federal Túlio Gadêlha (PE) vive um momento de indefinição dentro da Rede Sustentabilidade. Com o enfraquecimento de seu grupo político após a vitória interna da ala liderada por Heloísa Helena, o parlamentar avalia deixar a legenda — o que, na prática, deixaria a Rede sem representação na Câmara dos Deputados.
Nos bastidores, há informações de que Gadêlha mantém conversas com o PDT, apesar de sua assessoria negar haver negociação. A possível migração pode ocorrer durante a janela partidária, prevista entre março e abril de 2026.
A convivência na federação entre PSOL e Rede ficou fragilizada após Túlio declarar apoio à hoje governadora Raquel Lyra (PSD) no segundo turno da eleição estadual de 2022, contrariando a posição oficial dos partidos, que apoiaram Marília Arraes (Solidariedade).
A crise entre Túlio e a Rede seguiu quando, em 2024, o parlamentar tinha a intenção de disputar a Prefeitura do Recife, mas foi preterido por Dani Portela (PSOL), como parte dos acordos da federação PSOL-Rede.
À época, segundo OGlobo, ele chegou a acertar filiação ao PDT e pré-candidatura, mas recuou diante do risco de ser processado por infidelidade partidária e perder o mandato.
Aliada de Gadêlha e igualmente crítica aos rumos atuais da legenda, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também estaria de saída da Rede. A tendência é que ela retorne ao PSB, onde já esteve filiada em 2014, quando disputou a Presidência após a morte de Eduardo Campos.
Caso se confirme, a ida de Marina ao partido reforçaria o movimento de alinhamento ao projeto nacional que busca a reeleição do presidente Lula e à liderança de João Campos, cotado para assumir o comando da sigla no final de maio, substituindo Carlos Siqueira.
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