Lula celebra possível acordo entre Israel e Palestina e defende a diplomacia em conflitos globais

Clara Nilo | Publicado em 13/10/2025, às 15h03 - Atualizado às 15h34

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Após participar da abertura do Fórum Mundial da Alimentação 2025, nesta segunda-feira (13), em Roma, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou sobre o cenário internacional e o avanço das negociações de paz entre Israel e Palestina, demonstrando otimismo com a possibilidade de um acordo duradouro.

“Finalmente parece que se encontrou uma saída para o conflito entre Israel e Palestina. Não se devolve a vida dos milhões que morreram, mas se devolve o direito das pessoas a dormirem tranquilas, sem medo de uma bomba ou de um prédio cair”, disse Lula.

A declaração ocorre após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer que “a guerra acabou”, ao embarcar para Israel em missão de liberação de reféns de Gaza, no âmbito do acordo de cessar-fogo entre o governo israelense e o Hamas. Lula reforçou que o Brasil apoia toda e qualquer iniciativa diplomática em favor da paz.

O presidente brasileiro ampliou o apelo por soluções pacíficas, destacando que o mesmo esforço deve ser dedicado à guerra entre Rússia e Ucrânia.

“Se o mundo foi capaz de avançar na questão de Israel, está na hora de pensar em resolver o problema da Ucrânia e da Rússia. Eu acho que é plenamente possível”, afirmou.

Lula tem defendido nos fóruns internacionais o protagonismo da diplomacia e de organismos multilaterais na construção da paz, reiterando que “não há solução militar para conflitos políticos”.

Falou sobre o encontro com o Papa

Durante a entrevista, Lula também compartilhou detalhes do seu encontro com o Papa Leão XIV, no Vaticano.

"A conversa que eu tive com o Papa foi muito boa. Parecia que eu estava conversando com alguém que eu já conhecia há 20 ou 30 anos”, disse ele.

"Não poderia haver documento mais atual do que o do Papa. Vai fazer um bem a todos os católicos do mundo inteiro", destacou o presidente sobre a Exortação Apostólica Dilexi Te, texto que começou ser escrito pelo Papa Francisco nos últimos meses de sua vida e sua conclusão foi assumida como herança pelo Papa Leão XIV. O documento trata sobre o amor para com os pobres. 

Lula ainda contou que convidou o pontífice para participar da COP30, que será realizada em Belém, em novembro de 2025. O chefe da Igreja Católica não comparecerá por questões de agenda.

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