Edição de 30 anos da Bienal Internacional de Pernambuco marcou um novo início do evento literário ao ampliar presença de marcas, autores e influenciadores
por Cynara Maíra
Publicado em 13/10/2025, às 12h40 - Atualizado às 14h10
A 15ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco foi encerrada no domingo (12).
O evento registrou um público superior a 300 mil pessoas, entre participações presenciais e online.
A movimentação financeira superou a marca de R$ 30 milhões em vendas e negócios diretos.
O número de editoras participantes subiu para 600 , e a programação somou 420 horas de conteúdo.
Pela primeira vez, a organização contratou influenciadores digitais para participarem como "narradores" remunerados do evento.
No domingo do Dia das Crianças (12), acabou a 15ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, evento literário tradicional de Pernambuco que completa 30 anos neste ano. Segundo a organização, a feira literária conseguiu bater os recordes de público das últimas edições com mais de 300 mil visitantes durante os 10 dias de evento, ao somar as programações presenciais e online.
Com presença de autores como Mia Couto, Raphael Montes, Aline Bei, Jeferson Tenório, Itamar Vieira Junior, etc, a edição conseguiu ultrapassar R$ 30 milhões em volume de vendas e negócios gerados. Além de grandes nomes da literatura brasileira e influenciadores literários conhecidos, o evento também expandiu a cartela de editoras presentes, saindo de 500 em 2023 para 600 neste ano.
A alta demanda pelos painéis com autores e influenciadores conhecidos levaram a organização do evento a criar um novo espaço com maior capacidade no meio da programação.
Finalizando em sete espaços temáticos de áreas para debates e atividades, a programação da Bienal de Pernambuco somou 420 horas de conteúdo em diferentes áreas do Centro de Convenções e com temáticas distintas.
Um dos sucessos da edição de 30 anos foi o maior protagonismo de influenciadores digitais na programação, trazendo as redes sociais diretamente para dentro da Bienal de Pernambuco, com espaços instagramáveis, atividades interativas e abraçando os bookinfluencers.
Pela primeira vez, criadores de conteúdo foram contratados como "narradores" remunerados do evento, com a função de mediar painéis e produzir publicações em colaboração com os perfis oficiais da feira. Um volume maior de creators também tiveram acesso livre pela bienal, o que ajudou a divulgar e engajar as atividades do local.
O resultado foi para além da maior divulgação digital da feira, expositores de diferentes segmentos relataram um volume de vendas acima do esperado. Segundo a CEO da Editora Fruto Proibido, Simone Souza, o grupo esgotou seus principais títulos já no primeiro sábado do evento.
Já participante da Bienal em outros momentos, a Editora Aleph elogiou a evolução da estrutura do evento desde a última vez que tinha montado estande na feira.
Lidiana Pessoa, consultora comercial da editora voltada para ficção científica comentou que “a estrutura e o público evoluíram bastante em relação a 2019. As pessoas estão mais abertas à leitura de ficção científica, e isso é reflexo do acesso a novas obras e autores”.
Com o maior volume de visitantes, a estrutura da Bienal também contou com um espaço inédito para auxiliar na inclusão e acessibilidade. Além de discutir o tema, o Lugar de Acesso também inseriu um ambiente de acolhimento pensado para pessoas neurodivergentes, com mobiliário e decoração para reduzir a ansiedade em meio à movimentação.