Felipe Carreras defende inclusão de Garanhuns como polo de provas no Concurso Unificado

O deputado reforçou o pedido após suspensão do edital e afirmou que a cidade do Agreste tem estrutura e relevância para receber as provas e candidatos

Clara Nilo

por Clara Nilo

Publicado em 13/10/2025, às 12h21 - Atualizado às 12h43

Duas imagens lado a lado: Felipe Carreras e Raquel Lyra, ambos falando em microfone
Felipe Carreras e Raquel Lyra - REPRODUÇÃO

O deputado federal Felipe Carreras (PSB) voltou a defender que Garanhuns seja incluída como cidade-sede das provas do Concurso Público Unificado de Pernambuco, após a suspensão temporária do edital para ajustes e inclusão de cotas raciais. Ele argumenta que, sendo a 9ª cidade mais populosa do estado e polo regional que atende a mais de 700 mil habitantes, Garanhuns tem infraestrutura adequada para receber o certame.

Após o anúncio da governadora Raquel Lyra (PSD) sobre a suspensão temporária das inscrições do Concurso Público Unificado de Pernambuco - medida tomada para correção do edital e inclusão de cotas raciais - o deputado federal Felipe Carreras (PSB) voltou a cobrar que Garanhuns seja incluída como cidade-sede de aplicação das provas.

“Se é momento de corrigir erros, essa é mais uma correção necessária. Garanhuns é a nona cidade mais populosa de Pernambuco e não pode ficar de fora”, afirmou o parlamentar.

O edital atual prevê provas em dez municípios: Afogados da Ingazeira, Araripina, Arcoverde, Carpina, Caruaru, Floresta, Palmares, Petrolina, Recife e Salgueiro. Para Carreras, deixar Garanhuns fora da lista representa uma falha logística e social, sobretudo para os candidatos do Agreste Meridional.

O deputado ressaltou que Garanhuns é um importante polo regional pois:

  • É um centro urbano que atende a 26 municípios;

  • Tem população regional superior a 700 mil habitantes;

  • Teria uma rede consolidada de educação, saúde, serviços e hotelaria, com capacidade para receber grandes certames.

Carreras já havia formalizado, em 12 de agosto, um ofício à governadora solicitando a inclusão da cidade. Com a reabertura do processo, ele reforça o apelo ao Governo do Estado.

“Incluir Garanhuns é uma questão de acesso e justiça. Facilita o deslocamento dos candidatos e amplia oportunidades. Garanhuns não pode pagar o preço por diferenças políticas, e tampouco os concurseiros”, completou ele.

Com a revisão do edital em curso, o parlamentar espera que o Governo seja sensível à demanda e "garanta uma seleção mais democrática para todos os pernambucanos".

Após críticas, Governo paralisa inscrições do Concurso Público Unificado por ausência de cotas

O Governo de Pernambuco suspendeu temporariamente as inscrições do Concurso Público Unificado (CPU-PE), um dia após a publicação do edital, no último sábado (11). A decisão foi tomada após críticas de entidades e movimentos sociais pela ausência de cotas raciais.

Em nota, a administração estadual informou que enviou à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) um Projeto de Lei que estabelece a reserva de 30% das vagas em concursos públicos e seleções simplificadas para pessoas pretas, pardas, indígenas e quilombolas.

O texto propõe que 25% das vagas sejam destinadas a candidatos pretos e pardos, 3% a indígenas e 2% a quilombolas.