Livre do Recife, Gilson Machado participa de carreata em Tocantins ao lado de Bolsonaro

Yan Lucca | Publicado em 27/10/2024, às 09h34

Gilson Machado é visto como "braço direito" do ex-presidente da República - Foto: Reprodução / Redes Socias
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Em segundo lugar com 129.138 votos na disputa pela Prefeitura do Recife, o ex-ministro e aliado de Jair Bolsonaro voltou a cumprir agenda com o ex-mandatário

Pelo Brasil, o sanfoneiro participou de uma carreata no estado de Tocantins ao lado de Bolsonaro, em uma tentativa de  mostrar coesão dos grupos bolsonaristas em torno do nome do seu líder.

Diante de uma liderança supostamente ameaçada por Pablo Marçal (PRTB), que figura como uma "terceira via" da direita brasileira em curva de ascensão, Bolsonaro segue afirmando que em 2026 estará disputando a presidência da República, mesmo inelegível após ser condenado duas vezes pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023.

Foto: Yan Lucca / Jamildo.com

 

"Quem é o substituto do Lula no Brasil na política? Não tem. De Bolsonaro? Tem um montão por aí. Eu colaborei formando lideranças, e estou muito feliz com isso. Só fiz um bom governo e o povo reconhece", declarou durante coletiva de imprensa na última semana ao lado de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo e Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo e candidato à reeleição.

Se colocando como o "ex mais amado do Brasil", Bolsonaro estrategicamente tenta unir o máximo de aliados possível, principalmente após a imprensa descortinar que a relação com Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, não está indo bem. 

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Pelo Brasil, muitos nomes apoiados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro a prefeituras e câmaras municipais supostamente sofreram um tipo de "boicote" da executiva nacional do Partido Liberal, principalmente no repasse de verbas para o financiamento de campanha.

Não foi diferente para Gilson Machado. 

Ao longo da corrida eleitoral no Recife, Gilson Machado enfrentou conflitos com o diretório estadual do PL. Nos momentos decisivos da campanha, Costa Neto declarou ao Globo que "dinheiro não foi feito para ser queimado" e decidiu não liberar os R$ 4 milhões adicionais para a campanha de Gilson, numa demonstração antecipada de reconhecimento da vitória do socialista João Campos.

Além disso, candidatos à Casa de José Mariano chegaram a se pronunciar publicamente sobre um suposto boicote a campanha com a falta de Fundo Eleitoral, conforme cobertura do site Jamildo.com em mais de 10 reportagens. 

Reunindo forças para 2026

Foto: Yan Lucca / Jamildo.com

 

No Recife, Gilson Machado conseguiu ajudar a eleger o filho, que conquistou 16.095 votos e foi o candidato mais votado na capital e teve a maior votação do PL em Pernambuco. Durante todo o processo eleitoral, Gilson colocou seu filho como possível força política da direita pernambucana, chegando a afirmar que ele seria o "Nikolas do Recife".

Gilson Machado também se consolidou como a segundo maior força política de Pernambuco, a frente, inclusive, do candidato do Palácio, Daniel Coelho (PSD).

Ao lado de Bolsonaro em Tocantins, Gilson participou ativamente das campanhas de aliados como cabo eleitoral. “Essa parceria vai além da política, é uma relação de lealdade e admiração e sempre serei um representante forte em defesa dos valores da Direita no país“, disse Gilson Machado.

De acordo com fontes ligadas ao PL, Gilson é um potencial nome para concorrer ao Senado ou como deputado federal em 2026.

Eleições 2024 Jair Bolsonaro Gilson Machado

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