Cynara Maíra | Publicado em 14/05/2025, às 07h10 - Atualizado às 08h50
O senador Humberto Costa (PT) negou, na terça-feira (14), que haja qualquer atrito com o prefeito do Recife, João Campos (PSB), por conta das nomeações no secretariado municipal.
A declaração do parlamentar ocorre um dia após a repercussão de uma entrevista concedida ao Diario de Pernambuco em que mencionou divergências internas no PT sobre nomes indicados para a gestão socialista.
Segundo Humberto, as falas anteriores foram interpretadas fora de contexto.
Em nota enviada à imprensa, ele ressaltou que respeita a autonomia do prefeito para compor sua equipe e que o apoio do PT ao governo do Recife nunca esteve condicionado à ocupação de cargos. “João Campos tem total liberdade para fazer suas escolhas”, declarou.
Durante a entrevista que gerou a repercussão, o senador havia citado que “houve divergência sobre quem deveria ir” para o secretariado, após integrantes ligados à senadora Teresa Leitão (PT) assumirem postos estratégicos na administração municipal.
No entanto, Humberto reforçou agora que a fala se referia a debates naturais no interior do partido, e não a uma cobrança por espaço político.
No início do segundo mandato de João Campos, aliados da senadora Teresa Leitão, Oscar Paes Barreto e Felipe Cury, foram nomeados para as pastas de Meio Ambiente e Habitação, respectivamente.
Apesar disso, Humberto evitou qualquer escalada de conflito e reafirmou que o PT permanece como aliado do PSB na capital.
O senador também destacou que os nomes da sigla próximos à gestão de Raquel estão alinhados individualmente, sem apoio formal do partido.
“Qualquer eventual composição com o governo estadual dependerá de convite institucional e de avaliação partidária mais ampla. O PT tem compromisso com o projeto liderado pelo presidente Lula”, afirmou.
A sinalização nacional está vinculada com o período de eleição estadual do diretório do PT, que se divide entre grupos mais alinhados com João Campos e setores que buscam maior protagonismo do partido nas eleições municipais e estaduais.
Internamente, Humberto articula três candidaturas no processo de escolha da nova direção estadual do PT, enquanto Teresa Leitão apoia o nome do sindicalista Messias Melo.
A expectativa no PT é de que até o fim de maio as chapas possam ser unificadas ou redesenhadas, caso haja entendimento entre os grupos.
O grupo de Humberto, separado em três candidatos, deve se unir com o nome que tiver maior chance de vitória.
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