Cynara Maíra | Publicado em 08/07/2025, às 07h31 - Atualizado às 08h53
Com o deputado federal Carlos Veras (PT) reconhecido como presidente estadual do PT em Pernambuco, e o vereador Osmar Ricardo como dirigente da legenda no Recife, ainda está pendente o posicionamento do Partido dos Trabalhadores para eleição pelo Governo de Pernambuco em 2026.
Vitorioso na capital, Osmar Ricardo apareceu na campanha de 2024 com a bandeira do PSB nos ombros e deve ser um defensor do alinhamento a João Campos no pleito do próximo ano. Osmar conseguiu 5.582 votos, superando o ex-vereador Jairo Brito, apoiado por Humberto Costa, e o cientista político Pedro Alcântara, próximo de Fernando Ferro. Osmar é aliado da senadora Teresa Leitão e defensor do apoio à reeleição de João Campos.
Já no plano estadual, Carlos Veras adotou um discurso de conciliação. Em entrevista à Rádio Folha FM, o deputado afirmou que qualquer liderança que defenda Lula será bem-vinda no partido, incluindo a governadora Raquel Lyra.
"Espero que todos os candidatos a governador de Pernambuco defendam publicamente a reeleição do presidente Lula", afirmou. Questionado se Raquel seria acolhida pelo partido caso “fizesse o L”, Veras respondeu: “Claro”.
No PodJá, Veras evitou se comprometer com alianças específicas. Ele declarou que, se confirmado presidente estadual da legenda, sua condução seria guiada por planejamento estratégico e pelo fortalecimento das instâncias municipais, deixando claro que as decisões sobre o posicionamento eleitoral serão tomadas em conjunto com o presidente Lula.
Veja o podcast com Carlos Veras:
“O desejo do presidente será o desejo do PT estadual”, afirmou.
Nos bastidores, nomes defendem a tese de um palanque duplo em Pernambuco, repetindo o modelo utilizado por Lula em 2006, quando o petista dividiu apoio entre Humberto Costa e Eduardo Campos.
A ideia ganhou ainda mais força após fala de Lula no congresso do PSB, em Brasília, e diante de gestos públicos de união entre o presidente, João Campos e Raquel Lyra, como ocorreu em evento recente do Novo PAC, no Sertão.
O senador Humberto Costa tem defendido que o apoio do PT será condicionado ao projeto de reeleição de Lula, e que a legenda não deve abrir mão de protagonismo. A disputa pelas vagas ao Senado, com nomes fortes do PSB e do PT buscando espaço, também impõe obstáculos à composição de uma aliança tripartite.
Além de Humberto Costa, disputam uma vaga ao Senado na chapa de João Campos: Miguel Coelho (União Brasil), Silvio Costa Filho (Republicanos) e Marília Arraes (Solidariedade).
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