Miguel Coelho já sinalizou desde o ano passado seu interesse de concorrer ao Senado em 2026, ainda sem definição de chapa específica
por Cynara Maíra
Publicado em 10/06/2025, às 10h19 - Atualizado às 13h16
O presidente estadual do União Brasil, Miguel Coelho, iniciou um giro pelo Agreste e pela Zona da Mata de Pernambuco, como forma de iniciar sua mobilização para pleitear o Senado Federal no próximo ano.
Já percorrendo o estado, Miguel falou sobre o desejo de se candidatar para senador durante entrevista à Rádio Integração FM de Surubim, na segunda-feira (9).
"O Senado precisa de uma renovação, de representantes que estejam presentes no dia a dia, ouvindo as pessoas e com vontade de fazer a diferença", disse Miguel Coelho, que estava acompanhado pelo deputado federal e irmão Fernando Filho e pelo deputado estadual Edson Vieira. O prefeito de Surubim, Cléber Chaparral, e a prefeita de Casinhas, Juliana Chaparral, também participaram da entrevista.
Miguel Coelho afirmou que o momento é de fortalecer as bases do União Brasil,para montar de chapas proporcionais competitivas. "Queremos construir a maior bancada do estado, tanto federal quanto estadual. Por isso, precisamos conversar, visitar as cidades e fazer o debate que é necessário", declarou.
A agenda do presidente estadual do União Brasil e do deputado Fernando Filho começou no domingo (8) com uma visita ao ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, em Caruaru.
Na sequência, estiveram em Santa Cruz do Capibaribe, onde participaram da 15ª edição do Forró do Menino ao lado do deputado estadual Edson Vieira e da ex-deputada Alessandra Vieira. Nesta segunda-feira, além de Santa Cruz e Surubim, a comitiva tem compromissos políticos em Casinhas e Orobó. Na terça-feira (10), as visitas seguem para Limoeiro, Feira Nova e Carpina.
“São conversas importantes para fortalecer não apenas nosso partido, mas o compromisso que temos com o desenvolvimento de Pernambuco. Temos rodado diversas regiões, ouvindo as pessoas, construindo alianças e buscando caminhos para transformar nosso estado em um lugar mais eficiente e justo para todos", destacou Miguel Coelho.
Durante a entrevista, Miguel Coelho também avaliou a gestão da governadora Raquel Lyra (PSD), afirmando que a gestora não tem conseguido realizar entregas importantes para a população. “O Governo não conseguiu avançar em áreas como educação, na saúde ou na segurança, por exemplo. Já estamos no terceiro ano de administração e muito pouco foi concretizado”, afirmou Coelho.
Essas críticas se alinham a declarações anteriores de Miguel Coelho. Em entrevista ao PodJá – O podcast do Jamildo, o ex-prefeito de Petrolina já havia feito uma avaliação sobre os dois anos e meio da gestão Raquel Lyra (PSD).
"Eu vou fazer uma pergunta pro nosso ouvinte que está nos acompanhando aqui. Nesses dois anos e meio do governo Raquel, melhorou o ônibus? Melhorou o hospital? Melhorou o serviço da COMPESA? Melhorou a segurança?", questionou na ocasião. "A gente tem que ser transparente com o povo. O povo não é bobo. O povo sente na pele as dificuldades."
As críticas de Miguel para gestão de Raquel dão um leve sinal do que poderá ocorrer em 2026 com relação ao alinhamento do União Progressista, federação entre o UB e o PP.
Enquanto Miguel está mais próximo de João Campos, Raquel mantém diversos nomes indicados pelo PP dentro de sua gestão. No PodJá, o ex-prefeito de Petrolina relatou que as negociações ainda ocorrem para equilibrar os interesses do União com o PP.
A movimentação de Miguel Coelho ocorre em um cenário político em Pernambuco com especulações sobre as chapas para 2026.
Em entrevista ao PodJá, o ex-prefeito de Petrolina reafirmou sua intenção de disputar o Senado, defendendo a necessidade de "renovar a representação de Pernambuco" na Casa Alta do Congresso Nacional. “A gente tá pronto, preparado e querendo, porque a gente entende que Pernambuco merece e pode muito mais na sua representatividade no Senado Federal”, afirmou.
Ele também defendeu que o Estado precisa de uma atuação parlamentar que vá além de alinhamentos ideológicos. “Cabe uma voz mais altiva, uma voz mais prudente, mas, acima de tudo, mais afirmativa nos seus posicionamentos. Para poder não ficar refém de governos, digamos assim, ou de ideologia, seja de esquerda ou de direita, mas que olhe para Pernambuco com os seus problemas reais”, argumentou.