Eleições 2024: coligação de Keko do Armazém pede impugnação de Lula Cabral em contra-ataque no Cabo

Enquanto o grupo do ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho Lula Cabral (Solidariedade) tenta impugnar a candidatura do prefeito Keko do Armazém (PP), a coligação do atual gestor do Cabo busca fazer o mesmo com o ex-parceiro de chapa. 

Ainda no dia 03 de agosto, a coligação Frente Popular do Cabo pediu a impugnação de Lula Cabral por improbidade administrativa.

A coligação de Keko do Armazém é composta por (PP, UNIÃO, PSD, AVANTE, Federação PSDB
CIDADANIA (PSDB/CIDADANIA e a Federação Brasil da Esperança (PT/PC do B/PV). 

Keko pede impugnação de Lula por improbidade administrativa

O motivo apresentado pelo grupo para impugnar a candidatura de Lula Cabral é a rejeição das contas da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho no ano de 2017, durante a gestão do candidato do Solidariedade. 

As contas do Cabo em 2017 foram rejeitadas pela Câmara de Vereadores da cidade. O documento do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE) também mostra essa suposta irregularidade na lista de contas apresentadas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE). 

A documentação também cita a Operação Abismo, quando Lula Cabral foi preso por suspeita de desvio de mais de R$ 90 milhões do Fundo Previdenciário do Cabo (CABOPREV) através dos fundos geridos pela empresa Terra Nova, acusada de ter uma composição com ativos de risco.

O mesmo argumento também foi usado em outros três pedidos de impugnação contra o ex-prefeito. As ações partiram do:

• Partido Democrático Trabalhista (PDT), que participa da eleição com a candidatura do Delegado Resende (PDT)
• Candidato a vereador Ronildo Albertim (PSD), que compõe a coligação de Keko do Armazém
• Candidata a vereadora Vitória Caroline (PDT)

Lula Cabral responde acusações

Sobre os pedidos de impugnação, a assessoria de Lula Cabral afirma que o registro da candidatura do ex-prefeito foi aceito e que a solicitação dos opositores tem o objetivo de "espalhar desinformação entre os eleitores". 

Lula ainda afirma que o político já foi aprovado como candidato em 2022, quando se elegeu para deputado estadual, cargo no qual está ocupando p no momento. Segundo a assessoria, o motivo das ações seria por conta do "crescimento expressivo de Lula Cabral nas pesquisas de intenção de voto". 

"Por conta das alegações falsas de que a candidatura do ex-prefeito já estaria impugnada, Lula afirma que sua equipe toma as medidas legais cabíveis contra a disseminação de fake news "que visam prejudicar a campanha e a imagem do candidato". 

Jamildo.com é editado pelo jornalista Jamildo Melo, especializado em política e economia, que foi titular do blogdejamildo.com.br no Jornal do Commercio.