Pernambuco despenca em competitividade após pioras no mercado e segurança pública

O Centro de Liderança Pública (CLP) divulgou nesta quarta-feira (21) o Ranking de Competitividade dos Estados e Municípios. O evento de lançamento, realizado em Brasília (DF), que teve a participação da governadora Raquel Lyra (PSDB), mostrou uma piora na situação de Pernambuco. 

Em comparação aos resultados de 2023, Pernambuco caiu três posições no estudo, ao sair da 16ª para a 19ª posição. De acordo com a entidade organizadora do comparativo, os principais motivos para queda do estado foi a piora nos critérios de situação de capital humano, potencial de mercado e segurança pública. 

Com essa situação, o estado saiu da terceira melhor posição no Nordeste para o quinto lugar entre os oito estados. O primeiro lugar ficou com a Paraíba, governada por João Azevêdo (PSB). 

Critérios de Pernambuco em queda

Conforme o estudo, o pior âmbito foi na questão social, no qual o estado ficou em 23ª posição. O principal motivo foi a queda em seis posições na área de capital social, que mede a situação do custo de mão de obra e a subocupação por insuficiência de horas trabalhadas. 

Dentro dos 99 indicadores, o estado caiu seis lugares no quesito População Economicamente Ativa (PEA) com Ensino Superior e está no penúltimo lugar nesse critério, acima apenas da Bahia. 

A situação do potencial de mercado também diminuiu seis posições. De acordo com o CLP, o principal motivo foi a queda na taxa de crescimento e na qualidade de crédito para pessoa física. 

Entre os pontos positivos, apesar da situação, Pernambuco ainda conseguiu melhoras na área da educação e eficiência da máquina pública.

Confira a posição do estado entre as 27 unidades federativa do país, com relação aos pilares temáticos do levantamento: 

• 9º em Inovação (caiu uma posição, comparado com 2023)
• 13º em Educação (subiu três posições)
• 14º em Infraestrutura (caiu quatro posições, principalmente pelos critérios de acesso à energia elétrica e o custo do saneamento básico)
• 15º Eficiência da Máquina Pública (subiu uma posição)
• 15º em Sustentabilidade Ambiental (situação inalterada)
• 16º em Sustentabilidade Social (caiu uma posição)
• 18º em Solidez Fiscal (situação inalterada)
• 24º em Segurança Pública (subiu uma posição)
• 25º em Capital Humano (caiu uma posição)
• 25º em Potencial de Mercado (caiu seis posições)

Repercussão

Com o lançamento do levantamento, a oposição aproveitou o momento para criticar a gestão da governadora Raquel Lyra. O deputado estadual Rodrigo Farias (PSB) afirmou que a queda de Pernambuco "é resultado da ineficiência da gestão da governadora" e que "era esperada pela falta de comando do nosso estado". 

Rodrigo ainda usou os resultados do Recife no ranking para afirmar que os números do estado seriam um exemplo de como a gestão de Raquel estaria "sem rumo, completamente ineficaz". 

Enquanto isso, a governadora Raquel Lyra, que participou do evento de lançamento do ranking, falou ao público em Brasília para dizer que "Pernambuco está trabalhando firmemente para conseguir melhores resultados. O ranking mostra exatamente esse empenho". 

A fala de Raquel fez referência às melhoras na eficiência da máquina pública e da educação no estado.

Sobre o ranking de competitividade

O ranking analisa 99 indicadores, vinculados com 10 pilares temáticos com pesos diferentes. Com base nos pesos usados na edição de 2022, confira os pilares ordenados pela prioridade para o cálculo: 

1. Segurança Pública
2. Infraestrutura
3. Sustentabilidade Social 
4. Solidez Fiscal
5. Educação
6. Sustentabilidade Ambiental
7. Eficiência da Máquina Pública
8. Capital Humano
9. Potencial de Mercado
10. Inovação

Para saber mais informações de competitividade dos estados brasileiros, confira o ranking completo.

O site jamildo.com é editado pelo jornalista Jamildo Melo, que liderou o Blog de Jamildo no Jornal do Commercio (JC).